O Dia
de Proteção às Florestas é comemorado no Brasil anualmente em 17
de julho.
A
origem da data do dia da proteção às florestas está
relacionada com o dia da celebração do Curupira, também comemorado em 17 de
julho. O Curupira é, segundo a cultura popular brasileira, o
“protetor das florestas”, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a
protegê-la da invasão e ataque de pessoas má intencionadas.
As
florestas são o habitat de inúmeras espécies. Elas também contribuem para
a regulação do clima, a conservação da água e a absorção de dióxido de carbono.
As florestas estão ameaçadas pelo desmatamento e outras formas de destruição.
Segundo
a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a floresta pode
ser definida como uma “área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores
que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de
alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está
predominantemente sob uso agrícola ou urbano."
Em 2023, Rodrigo
Agostinho, presidente do Ibama, disse: “Nós temos um caminho duro pela
frente. O Instituto acaba assumindo aquele papel mais difícil, que é o de dizer
não, de punir quem faz ilegalidades. Sem as florestas, é impossível resolver o
problema do aquecimento global, então precisamos valorizá-las (...)”.
E ainda:
“No caso do
Brasil, nós temos seis biomas terrestres com altíssima riqueza biológica, além
do próprio bioma marinho. A meta do desmatamento zero é possível com ações de
rastreabilidade, inteligência, geoprocessamento, uso de imagens de satélite e
operações em terra. A floresta em pé precisa valer mais que a floresta no chão
- hoje a gente tem o contrário”.
Ramiro Hofmeister,
também do IBAMA, afirmou em 2023:
“O desmatamento é
quase sempre motivado por uma questão econômica. Uma forma de lutar contra isso
é comprar produtos que não impactem no desflorestamento, valorizando a
bioeconomia de cada floresta. Nada é mais forte na bioeconomia da Amazônia do
que a produção florestal sustentável de madeira, por exemplo”.
“Consumir madeira
da floresta parece um contrassenso, mas não necessariamente está ligado à
desarborização. Pelo contrário, toda madeira produzida legalmente precisa
do DOF+, emitido pelo Ibama, que é parte do Sinaflor - o
maior sistema de gestão e controle florestal do mundo -, também gerido pelo Instituto.
“Ao comprar madeira legal, o individuo incentiva os proprietários de terra que
é mais interessante economicamente manter a floresta em pé, produzindo madeira,
do que trocar florestas por pastagem ou lavoura. A bioeconomia ligada ao manejo
florestal é a mais forte ferramenta que temos para valorizar a floresta em pé”.
Situação atual das
florestas no Brasil:
O desmatamento é
um dos principais problemas, resultante principalmente da expansão agrícola,
exploração madeireira e desenvolvimento urbano.
As queimadas:
muitas vezes utilizadas como método para "limpar" terrenos, também
causam grande destruição, acabando com amplas áreas de vegetação nativa.
A extração ilegal de madeira e a mineração são
aspectos que contribuem muito para a degradação das florestas, destruindo o
habitat de inúmeras espécies e também contribuem para a perda de
biodiversidade e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Várias
Organizações não-governamentais e entidades aproveitam esta data para
realizar ações de conscientização sobre a importância das florestas.
Entre
as ações benéficas para as florestas podem ser citadas:
-Usar
produtos feitos com madeiras de reflorestamento, normalmente identificadas com
um selo ou certificado;
-Não
colocar fogo em matas;
-Não
jogar lixo no meio ambiente;
-Dar
sempre prioridade aos papéis recicláveis;
-Plantar árvores;
-Não
jogar cigarros ou objetos em combustão em florestas;
-Apoiar
organizações ambientais;
-Promover a educação ambiental.
-Reduzir o consumo de energia, optar por bicicleta ou andar a pé
para ajudar a combater as mudanças climáticas que afetam
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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História
Figura:
https://imazon.org.br/imprensa/a-amazonia-em-numeros/