domingo, 6 de julho de 2025

O Dia de Proteção às Florestas

 




Dia de Proteção às Florestas é comemorado no Brasil anualmente em 17 de julho.

A origem da data do dia da proteção às florestas está relacionada com o dia da celebração do Curupira, também comemorado em 17 de julho. O Curupira é, segundo a cultura popular brasileira, o “protetor das florestas”, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-la da invasão e ataque de pessoas má intencionadas. 

As florestas são o habitat de inúmeras espécies. Elas também contribuem para a regulação do clima, a conservação da água e a absorção de dióxido de carbono. As florestas estão ameaçadas pelo desmatamento e outras formas de destruição.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a floresta pode ser definida como uma “área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano."

Em 2023, Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, disse:  “Nós temos um caminho duro pela frente. O Instituto acaba assumindo aquele papel mais difícil, que é o de dizer não, de punir quem faz ilegalidades. Sem as florestas, é impossível resolver o problema do aquecimento global, então precisamos valorizá-las (...)”.

E ainda:

“No caso do Brasil, nós temos seis biomas terrestres com altíssima riqueza biológica, além do próprio bioma marinho. A meta do desmatamento zero é possível com ações de rastreabilidade, inteligência, geoprocessamento, uso de imagens de satélite e operações em terra. A floresta em pé precisa valer mais que a floresta no chão - hoje a gente tem o contrário”.

Ramiro Hofmeister, também do IBAMA, afirmou em 2023:

“O desmatamento é quase sempre motivado por uma questão econômica. Uma forma de lutar contra isso é comprar produtos que não impactem no desflorestamento, valorizando a bioeconomia de cada floresta. Nada é mais forte na bioeconomia da Amazônia do que a produção florestal sustentável de madeira, por exemplo”.

“Consumir madeira da floresta parece um contrassenso, mas não necessariamente está ligado à desarborização. Pelo contrário, toda madeira produzida legalmente precisa do DOF+, emitido pelo Ibama, que é parte do Sinaflor - o maior sistema de gestão e controle florestal do mundo -, também gerido pelo Instituto. “Ao comprar madeira legal, o individuo incentiva os proprietários de terra que é mais interessante economicamente manter a floresta em pé, produzindo madeira, do que trocar florestas por pastagem ou lavoura. A bioeconomia ligada ao manejo florestal é a mais forte ferramenta que temos para valorizar a floresta em pé”.

Situação atual das florestas no Brasil:

O desmatamento é um dos principais problemas, resultante principalmente da expansão agrícola, exploração madeireira e desenvolvimento urbano.

As queimadas: muitas vezes utilizadas como método para "limpar" terrenos, também causam grande destruição, acabando com amplas áreas de vegetação nativa.

A extração ilegal de madeira e a mineração são aspectos que contribuem muito para a degradação das florestas, destruindo o habitat de inúmeras espécies e  também contribuem para a perda de biodiversidade e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.

Várias Organizações não-governamentais e entidades aproveitam esta data para realizar ações de conscientização sobre a importância das florestas.

Entre as ações benéficas para as florestas podem ser citadas:

-Usar produtos feitos com madeiras de reflorestamento, normalmente identificadas com um selo ou certificado;

-Não colocar fogo em matas;

-Não jogar lixo no meio ambiente;

-Dar sempre prioridade aos papéis recicláveis;

            -Plantar árvores;

-Não jogar cigarros ou objetos em combustão em florestas;

          -Apoiar organizações ambientais;

           -Promover a educação ambiental.

           -Reduzir o consumo de energia, optar por bicicleta ou andar a pé

            para ajudar a combater as mudanças climáticas que afetam
           as florestas

          

 

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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História

Figura: https://imazon.org.br/imprensa/a-amazonia-em-numeros/