Dia 22 de março se comemora o Dia Mundial da Água. É um dia para refletir sobre a importância de proteger os rios, lagos, fontes e mares. Infelizmente, no Brasil e em outros países temos visto notícias de grande poluição dos mares e cursos de água como ocorreu em novembro de 2015 em Mariana (Minas Gerais) e mais recentemente, neste início de ano, em Barcarena no Pará. É preciso que tragédias assim não fiquem acontecendo, prejudicando tanto o meio ambiente, assim como deixando populações em situações precárias, sem o peixe para pescar e sem água potável para suas necessidades básicas. É necessário evitar tanta poluição como vem ocorrendo em nossos rios e no oceano e saber usar a água, um bem precioso que tem que ser mais defendido da cobiça e da imprudência dos que são irresponsáveis e egoístas
Portanto, devido ao Dia Mundial da Água, estou colocando
aqui neste blog algumas letras de músicas brasileiras que falam de água.
Planeta
Água
Água que nasce na fonte
serena do mundo
E que abre um profundo
grotão
Água que faz inocente riacho
e deságua
Na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao
sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco
de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos, no leito
dos lagos
Águas dos igarapés, onde
Iara "mãe d'água"
É misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro
céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a
plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas da
inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que
encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro
fundo da terra
Terra, planeta água
Terra, planeta água
Terra, planeta água
Guilherme
Arantes
Águas
de Março
É pau, é
pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um caco
de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...
É peroba
do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
É madeira
de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
É o vento
ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...
É a chuva
chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É o pé é
o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
Uma ave
no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...
É o fundo
do poço
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...
É um
estrepe, é um prego
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...
É um
peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É a lenha,
é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o
projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...
É um
passo é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
São as
águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é
pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É uma
cobra, é um pau
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...
São as
águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é
pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um
passo, é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
São as
águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é
pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É pau, é
pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
Pau,
Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pau,
Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
É um Pouco.
Caminho...
É um Pouco.
Tom Jobim
Olho de Boto
E tu ficaste serena
Nas entrelinhas dos sonhos
Nos escaninhos do riso
Olhando pra nós escondida
Com os teus olhos de rio
Vieste feito um gaiola
Engravidado de redes
Aportando nos trapiches
Do dia a dia e memória
Com os teus sonhos de rio
E ficaste defendida
Com todas as suas letras
Entre cartas e surpresas
Recírio, chuva e tristeza
Vês o peso da tua falta
Nas velas e barcos parados
Encalhados na saudade
De Val-de-cans ao Guamá
Porto de sal das lembranças
Das velhas palhas trançadas
Na rede de um outro riso
Às margens de outra cidade
Ah, os teus sonhos de rio!
Olho de boto
No fundo dos olhos
De toda a paisagem
Nas entrelinhas dos sonhos
Nos escaninhos do riso
Olhando pra nós escondida
Com os teus olhos de rio
Vieste feito um gaiola
Engravidado de redes
Aportando nos trapiches
Do dia a dia e memória
Com os teus sonhos de rio
E ficaste defendida
Com todas as suas letras
Entre cartas e surpresas
Recírio, chuva e tristeza
Vês o peso da tua falta
Nas velas e barcos parados
Encalhados na saudade
De Val-de-cans ao Guamá
Porto de sal das lembranças
Das velhas palhas trançadas
Na rede de um outro riso
Às margens de outra cidade
Ah, os teus sonhos de rio!
Olho de boto
No fundo dos olhos
De toda a paisagem
Nilson
Chaves.
A Seca
Quando o roceiro viu a terra
esturricada
Nasceu a roça já cansada,
seu olhar umedeceu
Com a falta d'água da seca
do mês de agosto
Foi tamanho seu desgosto que
de tristeza morreu
E no momento que a pobre
criatura
Baixava na sepultura por
debaixo de uma cruz
Aquela alma nos murmúrios do
cipreste
Ia à mansão celeste pedir
chuva à Jesus
Depois de um pouco que o
pobre foi enterrado
Todo o céu ficou nublado e
de preto se enlutou
E veio a chuva, pingos
d'água cristalina
Como lágrimas divinas de
Jesus, Nosso Senhor
Depois das chuvas quando é
noite de luar
Vem o vento a ciciar o milho
que floresceu
Até parece que a alma do
roceiro
Voltando pelo carreiro da
roça que reviveu
Chitãozinho
& Xororó
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Márcio José Matos Rodrigues
Figura: Google
Figura: Google
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