Uma véspera de feriado
Uma quinta quase sexta,
Véspera de adesão.
Linda dama
O que me chama atenção
Em você?
Amo
Seus olhos calmos.
E a canção
Do seu olhar?
Também amo.
Moça,
Penso que uma música de Mozart
Ao piano,
Possa ser uma paixão em comum.
Moça bela,
Dos olhos estrelas.
O que a cigana disse,
Ao ver sua mão?
Amor?
Riqueza?
Ou desventura?
Sua beleza ,
É água pura,
Na secura,
Da minha alma sedenta,
Que se tortura ,
Na vontade,
De beber nesta fonte.
O sol faz juras de amor para a Lua!
Onde?
No calor do seu verão.
Linda,
Gostosa,
É a manga vestida de amarelo,
Que diz para o cidadão:
“Bora! Tire minha casca! Quero ficar nua!”
Tensão nesta hora,
Chove em cima do castelo
Da praça Batista Campos.
Nuvens se derretem em prantos,
Pinga,
Desejo no coração.
Vontade de um suco de manga no copo,
Um belo corpo,
Deitado no chão.
Se você me disser não,
Juro que chupo manga com leite,
Viro a sandália,
Deito embaixo de um guarda-chuva aberto,
Sem ninguém por perto,
Esperando a morte chegar.
Quando se vai ao deserto,
É água que importa,
Senão é esperança morta,
Não adianta gritar!
Há gente que gosta de abril,
Mas eu gosto ,
Do sol de agosto,
Brilhando agora,
Em seu rosto,
Na véspera do dia que se comemora
A adesão do Pará à independência do Brasil!
Márcio José Matos Rodrigues.
Figura:
https://www.safarigarden.com.br/muda-de-manga-espada-amarela-enxertadas-sem-fibras
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