Em referência ao dia 30 de abril na História,
destaco neste artigo o Édito de Nantes, de 30 de abril de 1598, que concedeu aos
protestantes calvinistas franceses (chamados na época de huguenotes) a garantia de tolerância religiosa.
O édito determinava que o catolicismo
permanecia como religião oficial do Estado, mas aos calvinistas franceses era
permitido exercer o seu culto. Por 36 anos havia existido perseguição aos
huguenotes, com destaque para o Massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572,
quando milhares deles foram mortos a mando do rei. O édito ficou conhecido nos
séculos XVI e XVII como "édito de pacificação". O rei que tinha
assinado o édito foi Henrique IV, um nobre protestante que se converteu ao
catolicismo ao subir ao trono.
O Édito
de Nantes foi revogado pelo rei Luís XIV por meio do Édito de Fontainebleu,em
1685, mesmo contra a vontade do papa
Inocêncio XI. A perseguição aos huguenotes voltou e a maioria deles (entre 200
mil e 500 mil) fugiu para o exterior. A saída deles causou prejuízos econômicos
à França, pois muitos eram hábeis artesãos ou negociantes e os países que os
acolheram foram beneficiados com os talentos deles.
A
revogação do Édito de Nantes foi um erro do rei francês, que resolveu seguir
pelo caminho da intolerância religiosa ( o que hoje em dia é considerado um
desrespeito aos direitos humanos) para acabar com a paz outrora reinante entre
católicos e protestantes e expulsando pessoas que contribuíam para o
desenvolvimento econômico da nação. Não
havia sido a primeira vez na história em que a questão religiosa prejudicou um
país ao forçar a saída de muitos que tinham conhecimentos válidos para a
economia, ciência etc, como aconteceu também com a expulsão de judeus da
Península Ibérica, no século XVI, que foram se refugiar em países como a
Holanda, que muito ganhou com os conhecimentos dos refugiados.
Infelizmente
atualmente ainda existem casos de falta de respeito aos que tem práticas
religiosas diferentes e os atos de terrorismo que são cometidos por fanáticos
contra fieis de outra religião são exemplos desse fanatismo.
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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História
Figura:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/Edit_de_nantes.jpg
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