segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

O escritor francês Charles Perrault

 





Em 12 de janeiro de 1628 nascia em Paris o escritor e poeta francês Charles Perrault, famoso por ter criado uma base para o gênero literário conto de fadas. Foi considerado o "Pai da Literatura Infantil". Ele foi também jurista, colecionador de contos de fadas, crítico e teórico da arte. As historias que ele escreveu que se tornaram mais conhecidas foram Le Petit Chaperon rouge (Chapeuzinho Vermelho), La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderela),La Barbe bleue (Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar). Outro escritor que se destacou na mesma época foi o fabulista Jean de La Fontaine. Perrault como advogado trabalhou como superintendente do rei francês Luís XIV. Histórias de Perrault tem sido adaptadas para o teatro, cinema e televisão.

Charles Perrault era o quinto filho de Pierre Perrault e Paquette Le Clerc, uma dama que era de uma família da alta burguesia francesa. Teve três irmãos, um deles, Claude Perrault, tornou-se um reconhecido arquiteto. O escritor estudou no colégio de Beauvais a partir de 1637 até seus quinze anos. Em 1643 Charles entrou no curso de Direito. Em 1651 ele se forma em advogado e em 1654 se torna funcionário real, assim como era seu irmão mais velho Pierre. Após publicar odes dedicadas ao rei, Charles é promovido a assistente do ministro Colbert, passando a ser, em 1655,superintendente das obras públicas do reino e em 1657 ordenou a construção do Observatório Real, seguindo as plantas de seu irmão Claude. Foi eleito em 1671 como participante da Academia Francesa de Letras e em 1672 foi nomeado chanceler da Academia, mesmo ano em que se casou com Marie Guichon. Com sua esposa, Perrault teve quatro filhos. Seis anos depois do casamento Marie faleceu devido à varíola.

Na Academia Francesa, houve uma disputa entre Charles Perrault, adepto dos chamados escritores Modernos, que diziam que a produção dos escritores franceses não era inferior aos clássicos do passado e os escritores Antigos, que defendiam que havia uma superioridade da antiguidade greco-romana sobre a literarura francesa. Essa disputa foi chamada de Querela dos Antigos e dosModernos.Liderando os Modernos, Perrault procurou provar a superioridade da literatura de seu tempo por meio das publicações Le Siècle de Louis le Grand (1687) e Parallèle des Anciens et des Modernes (1688–1692).

Outras obras de Perrault foram: uma coletânea poética com o título deLe Miroir (O Espelho) e La Chambre de Justice d’Amour (A Câmara da Justiça do Amor). Em 1653, publicou um poema burlesco, Les Murs de Troie (Os Muros de Troia), em que atacou a Antiguidade.

Perrault liderava o grupo dos Modernos e tentou provar a superioridade da literatura de seu século com as publicações Le Siècle de Louis le Grand (1687) e Parallèle des Anciens et des Modernes (1688–1692).Em 1695, aos 67 anos, perdeu seu posto como secretário do Reino.

Decidiu registrar as histórias que ouvia de sua mãe e nos salões parisienses, publicando em 11 de janeiro de 1697, já aposentado, quando tinha quase 69 anos, o livro Histórias ou contos do tempo passado com moralidades, também chamado de "Contos da Velha" e "Contos da Cegonha", tendo ficado conhecido como "Contos da mamãe gansa". A publicação acabou se espalhando por muitos países e tornou destacado o gênero Conto de Fadas. Cada história encerrava com uma moral, em forma de poesia. Na edição original de 1697, havia oito histórias: A Bela Adormecida; Chapeuzinho Vermelho; Barba Azul; O Gato de Botas; As Fadas; Cinderela; Henrique, o Topetudo; O Pequeno Polegar. Na "primeira edição completa", de 1781, três contos em versos, que tinham sido publicados durante a vida do autor, passaram a fazer parte da obra. Foram os seguintes: Griselidis, Os desejos ridículos e Pele de Asno.

Charles Perrault faleceu em 16 de maio de 1703, em Paris, aos 75 anos.

O editor Hetzel, em 1861, fez algumas modificações em uma edição da obra "Contos da mamãe gansa" de Perrault cujo prefácio ele escreveu e com ilustrações de Gustave Doré. As mudanças foram a ausência dos contos "Grisélidis" e "Os Desejos Ridículos". Também não havia morais ao final dos contos e havia uma versão em prosa de "Pele de Asno", diferente da versão original que era em versos.

O Google fez uma homenagem ao escritor no dia 12 de janeiro deste ano, com ilustrações homenageando suas obras “A Bela Adormecida”, “Cinderela” e “O Gato de Botas”.

Segundo a autora Diva Frazão sobre Perrault:

“(...) Foi um dos colaboradores para a fundação da Academia Francesa de Ciências e para a reconstrução da Academia de Pintura.

Em 1671, com extensa publicação literária, entre elas, “O Espelho ou A Metamorfose de Orante” (1666), “Diálogo de Amor e Amizade” (1668) e “O Parnassus Conduzido a Extremos” (1669), foi eleito para a Academia Francesa de Letras.

Na Academia Francesa, enfrentou uma longa disputa intelectual, chamada de “Querela dos Antigos e dos Modernos”.

Os Antigos eram escritores que acreditavam na supremacia da Antiguidade Greco Romana, sobre toda e qualquer produção francesa. Já os Modernos defendiam que a produção literária francesa não era inferior aos clássicos do passado.

Liderando o grupo dos Modernos, Charles Perrault tentou provar a superioridade da literatura de sua época, com a publicação das obras: “Le Siècle de Louis le Grand” (1687) e “Parallèle des Anciens et des Modrenes” (1688-1692) (...)”


Algumas frases de Perrault:

 

Um sonho é um desejo que o seu coração faz”.

“Com diamantes e dinheiro muito se obtém na verdade, mas com palavras doces ainda se consegue mais”.

“Para se conquistar os corações, para abrir os corações, mais que trajes e chapéus serve uma alma pura e nobre”.

“A honestidade, mais cedo ou mais tarde, alcança a sua recompensa, que frequentemente é obtida quando nela não se pensa”.

“Você pode dizer com certeza que a pessoa amada é sempre bonita, porque o amor infunde toda a beleza; acrescentando que a beleza vale muito, mas não tanto quanto o engenho; o encanto mais precioso e que mais dura”.

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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História.


Figura:

https://www.google.com/search?q=imagem+de+perrault&sxsrf=AOaemvLmHc__5jYDm4hepNF499U3zY4jDA:1642466151015&tbm=isch&source


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