sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Artigo sobre a cantora e atriz Carmen Miranda















Carmen Miranda foi uma cantora e atriz brasileira, embora nascida em Portugal. Seu nome original era Maria do Carmo Miranda da Cunha. Nasceu no dia 9 de fevereiro de 1909, em Várzea da Ovelha e Aliviada, Marco de Caveses, em Portugal. Chegou no Rio de Janeiro, Brasil aos dez meses de idade.  Seu pai era o barbeiro José Maria Pinto da Cunha e sua mãe era Maria Emília Miranda. O apelido de Carmen foi devido ao gosto que seu tio Amaro tinha por óperas.


Foi no Brasil que nasceram quatro irmãos de Carmen: Amaro, Cecília, Aurora e Oscar (a mais velha, Olinda, nasceu em Portugal).


Ela estudou em uma escola religiosa em Santa Tereza começou a trabalhar com 14 anos, em uma loja de gravatas e depois foi para uma chapelaria. Segundo o biógrafo de Carmen, ela passou a cantar por influência de sua irmã mais velha Olinda e que atraía os clientes cantando.  

Entre as décadas de 1930 e 1950 sua carreira artística este relacionada ao Brasil e aos Estados Unidos, tendo trabalhado no teatro de revista, no rádio, no cinema e na televisão. Sua voz ficou registrada durante 20 anos de carreira em 279 gravações no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Sua irmã Aurora Miranda também foi cantora.

Carmen foi apresentada ao compositor Josué de Barros em 1928 e com ele gravou seu primeiro álbum em 1929, com a música “Não Vá Sim’ bora”. Ela conheceu o diretor da gravadora RCA Victor, começando aí sua carreira, gravando Dona Balbina, Triste Jandaia, Barucuntum e Iaiá Ioiô.

Em 1930, o disco com a gravação “Taí”(Pra Você Gostar de Mim), escrita por Joubert de Carvalho, vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, um recorde para a época. Chegou ao estrelato no Brasil como intérprete de samba nos anos 30, tornando-se a primeira artista a assinar um contrato de trabalho com uma emissora de rádio brasileira. A crítica aclamava Carmen Miranda como a "a maior cantora do Brasil".

Em 1935 participou do filme musical carnavalesco Alô, Alô Brasil e em Alô, Alô Carnaval (1936). Ao todo participou em cinco filmes nacionais nesse gênero, sendo que em 1939 ela apareceu pela primeira vez como baiana, no filme Banana da Terra, que apresentava clássicos como O que é que a baiana tem? E nesse ano o produtor Lee Shubert, da Broadway, que a tinha visto apresentar-se no Cassino da Urca, ofereceu a ela um contrato de oito semanas para trabalhar em The Streets of Paris.

Em 1940, Carmen Miranda estreou no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, sendo eleita no mesmo ano a terceira personalidade mais popular nesse país. Foi convidada então para se apresentar com seu grupo, o Bando da Lua, na Casa Branca, para o presidente Roosevelt.

No total, foram quatorze filmes em que ela participou nos Estados Unidos. Sua popularidade foi decrescendo durante os anos 40. Tentou mudar a sua identidade artística para fugir do rótulo de cantora exótica latino-americana que tinham lhe imposto pelos produtores de cinema, mas não conseguiu muito sucesso nesse sentido. Embora bem aceito pelo público dos Estados Unidos, o modelo que foi bem sucedido por lá foi mal visto por muitos brasileiros que o consideraram como não autêntico. É inegável que teve grande influência na cultura brasileira com sua música e sua figura. 


Ela colaborou com suas apresentações para que a música brasileira fosse popularizada nas terras do Tio Sam, sendo a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir mãos e pés no pátio do Grauman’ s Chinese Theatre (1941) e a primeira sul- americana a ter uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.  Foi a mulher mais bem paga dos Estados Unidos, em 1945, segundo o Departamento do Tesouro. Mas no ano de 1946 seu nome não constava na lista dos "30 mais bem pagos de Hollywood".

Ainda que sua carreira no cinema no final da década de 40 estivesse em queda, a carreira musical dela continuava firme e era uma atração popular em casas noturnas e na televisão.

O seu último filme foi Morrendo de Medo, de 1953, com Dean Martin e Jerry Lewis, no qual ela representa um papel secundário. E no mesmo ano ela excursionou pela Europa, apresentando-se em 14 cidades da Itália, Suécia, Finlândia, Bélgica e Dinamarca.


Ela teve vários romances, com brasileiros e norte-americanos, tendo sido casada com David Sebastian, que era alcoólatra. A influência dele fez com que ela também começasse a beber e depois, com frustrações de sua vida e para aguentar o cansaço devido à carreira extenuante, ela mesma se viciou em álcool e certas drogas.


Fez apresentações em 1955 em Las Vegas e no clube Tropicana, em Havana, Cuba. Na noite de 4 de agosto teve uma participação no programa de Jimmy Durante, da emissora NBC. Após a apresentação, convidou amigos para uma pequena festa em sua casa. Por volta de 3:00, depois de ter subido as escadas para seu quarto e trocado de roupa, caiu no corredor que levava ao seu quarto devido a um ataque cardíaco, vindo a falecer. Na época tinha 46 anos.


Na manhã de 12 de agosto o corpo de Carmen Miranda chegava ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Seu caixão, coberto com a bandeira do Brasil, foi colocado em um caminhão do corpo de bombeiros e levado para o centro da cidade com escolta de policiais em motocicletas. Aproximadamente sessenta mil pessoas estiveram em seu velório, realizado no saguão da Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro. Cerca de quinhentas mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista, que em alguns momentos cantavam a música “Taí”, um grande sucesso da cantora. 

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Márcio José Matos Rodrigues







Figura: https://www.google.com/search?q=imagem+de+carmen+miranda





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