quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Artigo sobre Osvaldo Aranha












Osvaldo Euclides de Sousa Aranha foi um advogado, ministro e diplomata brasileiro, nascido em 15 de fevereiro de 1894, em Alegrete, Rio Grande do Sul, filho do fazendeiro e coronel da Guarda Nacional Euclides Egídio de Sousa Aranha.

Osvaldo Aranha cursou o Colégio Militar e a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais (hoje em dia é a Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro) na cidade do Rio de Janeiro. Antes de começar a advogar, estudou em Paris.

Quando houve em 1923 o conflito entre os partidários do governador Borges de Medeiros e seus opositores, Aranha lutou ao lado dos que defendiam o governador. Foi intendente de Alegrete em 1925, na qual realizou obras modernizantes como a instalação da rede de esgotos. Destacou-se agindo diplomaticamente,conseguindo que famílias separadas pela luta de 1923 aceitassem a paz. Foi também eleito deputado federal e secretário do interior.

Tornou-se aliado de Getúlio Vargas e foi seu articulador na campanha da Aliança Liberal nas eleições, participando na organização no movimento de 1930 que depôs Washington Luís. Negociou com a Junta Provisória de 1930 a entrega do governo a Vargas.

No governo provisório de Vargas foi ministro da Justiça em 1930 e em 1931 passou a ser Ministro da Fazenda. A 20 de Janeiro de 1934 recebeu a medalha da Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em Portugal. Demitiu-se do ministério em 1934, por ter sido separado do processo político para a escolha do interventor em Minas Gerais. E nesse ano foi nomeado embaixador nos Estados Unidos. Atuou em defesa das relações brasileiras com esse país, tornando-se amigo do presidente Roosevelt.

Não quis mais ser embaixador por se recusar a aceitar o direcionamento que o Brasil passou a ter com a declaração do Estado Novo, em 1937. Mas Vargas o convenceu a aceitar o ministério das Relações Exteriores. Como ministro dessa pasta, procurou maior aproximação com os Estados Unidos, mesmo havendo no governo varguista elementos a favor do Eixo, como o general Dutra.

Representou no governo o grupo de pan- americanos que desejavam uma aliança com os Estados Unidos quando esse tinha entrado na guerra contra a Alemanha e seus aliados.

Presidiu em janeiro de 1942  a Conferência do Rio e nessa ficou decidido pelo Brasil e muitos outros países americanos que seriam rompidas as relações com os países do Eixo. Argentina e Chile só agiram assim posteriormente.

Após o fechamento da Sociedade dos Amigos da América  (da qual era vice-presidente) Aranha pede demissão do cargo de chanceler.

Em 1947, Aranha era o chefe da delegação brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) e lá presidiu a II Assembleia  Geral que votou o  Plano da ONU para a partição da  Palestina, quando houve a criação do Estado de Israel.

 Em mais um governo de Vargas, passou a ocupar a pasta da  Fazenda, em 1953, tendo introduzido reformas para tentar estabilizar a situação econômica brasileira.  Quando Vargas morre, em 1954, Aranha se retira do governo.

 Retornou à ONU no governo de Juscelino Kubitschek,  à frente da delegação brasileira. E em 31 de Maio de 1958 recebeu  a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.

No dia no dia 27 de janeiro de 1960, no Rio de Janeiro, Aranha faleceu, vítima de um ataque cardíaco.

Quando ia ao restaurante Cosmopolita, no Rio de Janeiro, Aranha com frequência comia bife com bastante alho, acompanhado de batatas portuguesas, arroz branco e farofa. O prato ficou tão conhecido, que passou a existir  o Filé à Osvaldo Aranha, uma refeição típica do Rio de Janeiro

Frases de  Osvaldo Aranha:

 “Serve a ninguém o homem que só de si se serve e só a si quer servir .”

“ As nações crescem, vivem e morrem como as criaturas.”

“A tradição é a experiência dos povos consagrada pelo tempo“

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 Márcio José Matos Rodrigues


Figura: https://www.google.com/search?q=imagem+de+osvaldo+aranha&client



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