Osvaldo Euclides de Sousa
Aranha foi um advogado, ministro e diplomata brasileiro, nascido em 15 de
fevereiro de 1894, em Alegrete, Rio Grande do Sul, filho do fazendeiro e
coronel da Guarda Nacional Euclides Egídio de Sousa Aranha.
Osvaldo Aranha cursou o Colégio Militar e a Faculdade
de Ciências Jurídicas e Sociais (hoje em dia é a Faculdade Nacional de Direito
da Universidade Federal do Rio de Janeiro) na cidade do Rio de Janeiro. Antes
de começar a advogar, estudou em Paris.
Quando houve em 1923 o
conflito entre os partidários do governador Borges de Medeiros e seus
opositores, Aranha lutou ao lado dos que defendiam o governador. Foi intendente
de Alegrete em 1925, na qual realizou obras modernizantes como a instalação da
rede de esgotos. Destacou-se agindo diplomaticamente,conseguindo que famílias
separadas pela luta de 1923 aceitassem a paz. Foi também eleito deputado
federal e secretário do interior.
Tornou-se aliado de
Getúlio Vargas e foi seu articulador na campanha da Aliança Liberal nas
eleições, participando na organização no movimento de 1930 que depôs Washington
Luís. Negociou com a Junta Provisória de 1930 a entrega do governo a Vargas.
No governo provisório de
Vargas foi ministro da Justiça em 1930 e em 1931 passou a ser Ministro da
Fazenda. A 20 de Janeiro de 1934 recebeu a medalha da Grã-Cruz da Ordem Militar
de Sant’Iago da Espada, em Portugal. Demitiu-se do ministério em 1934, por ter
sido separado do processo político para a escolha do interventor em Minas
Gerais. E nesse ano foi nomeado embaixador nos Estados Unidos. Atuou em defesa
das relações brasileiras com esse país, tornando-se amigo do presidente
Roosevelt.
Não quis mais ser
embaixador por se recusar a aceitar o direcionamento que o Brasil passou a ter
com a declaração do Estado Novo, em 1937. Mas Vargas o convenceu a aceitar o ministério das Relações
Exteriores. Como ministro dessa pasta, procurou maior aproximação com os
Estados Unidos, mesmo havendo no governo varguista elementos a favor do Eixo,
como o general Dutra.
Representou no governo o
grupo de pan- americanos que desejavam uma aliança com os Estados Unidos quando
esse tinha entrado na guerra contra a Alemanha e seus aliados.
Presidiu em janeiro de 1942 a Conferência do Rio e nessa ficou decidido
pelo Brasil e muitos outros países americanos que seriam rompidas as relações
com os países do Eixo. Argentina e Chile só agiram assim posteriormente.
Após o fechamento da Sociedade dos Amigos
da América (da qual era vice-presidente)
Aranha pede demissão do cargo de chanceler.
Em 1947, Aranha era o chefe da delegação brasileira
na Organização das Nações Unidas (ONU) e lá presidiu a II Assembleia Geral que votou o Plano da ONU para a partição da Palestina, quando houve a criação do Estado
de Israel.
Em mais um
governo de Vargas, passou a ocupar a pasta da
Fazenda, em 1953, tendo introduzido reformas para tentar estabilizar a
situação econômica brasileira. Quando Vargas morre, em 1954, Aranha se retira do governo.
Retornou à
ONU no governo de Juscelino Kubitschek,
à frente da delegação brasileira. E em 31 de Maio de 1958 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de
Portugal.
No dia no dia 27 de janeiro de 1960, no Rio de
Janeiro, Aranha faleceu, vítima de um ataque cardíaco.
Quando ia ao restaurante Cosmopolita, no Rio de
Janeiro, Aranha com frequência comia bife com bastante alho, acompanhado de
batatas portuguesas, arroz branco e farofa. O prato ficou tão conhecido, que
passou a existir o Filé à Osvaldo
Aranha, uma refeição típica do Rio de Janeiro
Frases de
Osvaldo Aranha:
“Serve a
ninguém o homem que só de si se serve e só a si quer servir .”
“ As nações crescem, vivem e morrem como as
criaturas.”
“A tradição é a experiência dos povos consagrada
pelo tempo“
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Márcio José Matos Rodrigues
Figura:
https://www.google.com/search?q=imagem+de+osvaldo+aranha&client
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