sábado, 10 de outubro de 2020

As indústrias de brinquedos no Brasil

 

 

 

 

 

Em virtude do Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, resolvi escrever um artigo sobre as fábricas de brinquedos no Brasil. Mas primeiramente vou falar um pouco sobre a própria história do brinquedo.

 

Na verdade, já havia brinquedos há muito tempo, desde as civilizações antigas. Por exemplo, o jogo da velha, a boneca e as bolinhas de gude já existiam no antigo Egito e na China antiga existiam o dominó, os cata-ventos e as pipas. E das sociedades Greco-romanas vieram pernas de pau e marionetes.

 

A história dos brinquedos está relacionada à culturas diversas, com diferentes modos de vida, usos de materiais e de ferramentas. Há inventores criativos e fábricas que surgiram, algumas desapareceram e outras permaneceram na luta constante para se aperfeiçoarem.

 

De início, os brinquedos nasceram na indústria doméstica, em uma escala menor e atendendo necessidades particulares. A indústria de brinquedos artesanais até hoje está se desenvolvendo.

 

Entre os brinquedos, até os anos 30 do século XX as bonecas eram confeccionadas com panos por costureiras e artesãos e depois foram sendo substituídas por outras mais modernas e os carrinhos que eram feitos de madeira no início do século XX passaram a ser feitos de outros materiais como plástico, metal etc. E mais tarde chegaram os de pilha e os com controle remoto. Ainda assim existem os carrinhos de madeira. As bolas existem há mais de 6.500 anos, de início feitas com crinas de animais ou fibras de bambu. Quanto aos bichos de pelúcia, o primeiro foi criado em 1903 na Alemanha, com nome de Teddy Bear.

 

Na Idade Média existiram brinquedos de camponeses feitos em casa e os brinquedos tinham relação com o trabalho dos pais. E na nobreza os meninos ganhavam cavalos de pau ou soldados de madeira, pois relacionavam-se com a guerra e os nobres eram educados para serem guerreiros. Na Revolução Industrial os brinquedos passam a imitar invenções como trens e mais tarde também os carros.

 

No Brasil havia as bonecas de pano e carrinhos de madeira, mas com a industrialização cada vez maior, as famílias ricas compravam produtos estrangeiros vindos por importação como bonecas de porcelana e carrinhos de lata. A fábrica Estrela, por exemplo,  nasceu como oficina de bonecas de pano em 1937. O uso do plástico em bonecas a partir dos anos 50, espalhou mais o uso de brinquedos industrializados para as crianças.

 

Os brinquedos no Brasil

 

Durante a história brasileira, só no século XIX começaram a aparecer mais os brinquedos. Na época do Império as crianças de famílias ricas podiam ter brinquedos vindos da Europa, que eram muito caros. As crianças mais pobres tinham brinquedos muito mais simples, de fabricação caseira, como a peteca (de origem indígena brasileira). Com o desenvolvimento industrial na Europa, famílias ricas passaram a importar brinquedos para as suas crianças, como bonecas de porcelana, trenzinhos de lata e soldadinhos de chumbo. Somente com a chegada de imigrantes europeus iniciou-se uma produção nacional de brinquedos. As primeiras fábricas eram de produtos artesanais e muitos brinquedos tinham relação com o que se desejava que as crianças fossem quando adultas. Por exemplo, para os meninos jogos de ferramentas e trenzinhos, enquanto para as meninas bonecas e panelinhas.

 

Um fator que influenciou no desenvolvimento da fabricação nacional de brinquedos foi a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Como a guerra envolvia a Europa de onde vinham brinquedos importados, aumentou o número de fábricas brasileiras de brinquedos. Em São Paulo nas primeiras décadas do século XX já existiam cerca de 80 fábricas de pequeno porte. Surgiram fábricas como a Metalma (1931) e a Estrella (1937). A Metalma fazia parte das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo e aproveitava em grande parte sobras de materiais utilizados para a fabricação de latas de alimentos. Sobre a Estrella (depois Estrela) será dito mais adiante.

 

Nos anos 50 o momento histórico do país teve efeitos na forma de se fabricar os brinquedos no Brasil, pois era a época do desenvolvimentismo, com a expansão da indústria automobilística. Assim foram fabricados carros de brinquedo feitos de lata e também se utilizou cada vez mais o plástico para fazer brinquedos.


Fábricas brasileiras:

 

Estrela: Começou em 1937, na zona leste da cidade de São Paulo, fundada pelo alemão Siegfried Adler, a partir de uma pequena fábrica falida de bonecas de pano e carrinhos de madeira. Nos anos 40 foi fabricado o cachorro Mimoso, feito em madeira, que se movimentava e produzia som. Depois veio o Banco Imobiliário. As bonecas fabricadas na Estrela eram primeiramente feitas de uma massa inquebrável e depois passaram a ser feitas de plástico a partir da boneca Pupi, dos anos 50, que tinha como características “dormir e chorar”. Foram fabricados posteriormente bichos e bonecos de vinil, direcionados para crianças pequenas. É de destacar que em 1944 a  a Estrela abriu seu capital para o mercado. Foi uma das primeiras empresas no Brasil a se tornar uma sociedade anônima.

 

Em 1958 o empresário Adler morreu e sua esposa assumiu a presidência. Durante a presidência dela foram lançados brinquedos elétricos, como o autorama. Da mesma época foi a boneca Susi, que foi muito popular por gerações de meninas brasileiras até o último ano de fabricação em 1985. E em 1964, com 19 anos, assume a presidência da Estrela o filho do fundador, Mário Adler. Ele procurou modernizar a empresa, usando muito o marketing, com muita divulgação da marca em eventos nacionais e programas de TV. Desse tempo é a primeira boneca mecânica (Gui Gui) e  depois a boneca Beijoca, que mandava “beijinhos”. Nos anos 70 surge o boneco Falcon, voltado para os meninos e também a boneca Amiguinha, que tinha 90 cm. Depois vieram os carros com controle remoto. Nos anos 80 surgiu o Genius, o primeiro brinquedo eletrônico do Brasil. E as bonecas também começaram a usar a eletrônica, como a Amore, de 1986. A boneca Sapequinha foi a primeira com fibra ótica e foto sensor que possibilitava a “percepção” sobre a criança.  

 

A partir dos anos 90 a Estrela passou por uma crise por causa da abertura do mercado brasileiro pelo presidente Collor, o que afetou as indústrias brasileiras de brinquedos, principalmente com a entrada de brinquedos chineses e também com os brinquedos contrabandeados. Também afetou a Estrela o conflito com a empresa  Mattel que conseguiu retirar por meio de ação judicial o direito da empresa brasileira de fabricar a boneca Barbie.  Mas a Estrela, apesar de todos os impactos que sofreu, ainda hoje é uma grande empresa do Brasil. Em 1992 foi a primeira empresa brasileira de brinquedos a receber a certificação ISO 9002. Em 1996, com a presidência de Carlos Tilkian, que veio a comprar a empresa, a Estrela procurou maneiras de superar as dificuldades que estava enfrentando, tendo em 1997 voltado a produzir as bonecas Susi. A parte dos jogos como Detetive e Combate foi fortalecida com novidades como os jogos que imitavam programas de TV como Show do Milhão, o Big Brother Brasil e No Limite. Em 2003, devido a problemas financeiros, a Estrela demitiu 200 funcionários em uma semana e mais outros pouco tempo depois. Ainda nesse ano a Brinquedos Estrela inaugurou as unidades fabris de Itapira (SP) e Três Pontas (MG). Segundo a empresa, ela saiu da cidade de São Paulo por uma questão estratégica para dividir a produção em unidades menores.

 

A Estrela começou a usar tecnologia e componentes chineses em seus produtos e competindo também com os jogos eletrônicos. Devido a suas iniciativas a empresa pôde continuar a se desenvolver e superar muitas dificuldades. Foram lançados novos produtos e relançados alguns brinquedos clássicos. Entre seus brinquedos mais recentes há o carro movido à energia solar, helicóptero controlado pelo IPhone e a boneca Susi com tecnologia nova. O uso das redes sociais para se tornar sempre presente entre seus consumidores também foi uma forma que a empresa encontrou para se fortalecer. E se por um lado a China chegou a ser uma ameaça quando seus produtos começaram a entrar no Brasil, por outro lado a Estrela soube utilizar a tecnologia oriunda deste país para progredir na produção de novos brinquedos.

 

Bandeirante: Em 1952 o italiano Nunzio Briguglio fundou uma empresa com o nome de INDÚSTRIAS BANDEIRANTE. Fabricava brinquedos como bolas, patins, triciclos, carros a pedal, carrinhos de bebê e itens de playgrounds. C.W. McKinney e H.L. Bewick (empresários dos Estados Unidos) lideram o grupo de acionistas que compram a empresa e dão o nome de BRINQUEDOS BANDEIRANTE em 24 de Junho de 1952 e em 1953 é inaugurada a primeira fábrica na cidade de São Paulo. Em 1955 o brinquedo que se destacou  foi o Triciclo Dois Irmãos. Em 1960 surge o slogan: “Tão fortes que passam de irmão para irmão!” Para realçar a qualidade e durabilidade dos brinquedos fabricados pela Bandeirante.

 

Em 1966 foram criados brinquedos com barulho de motor (o ROM-ROM). Em 1967 há a inauguração de nova fábrica com capacidade seis vezes maior. Em 1969 é criado o velocípede APOLO, para homenagear a chegada do Homem à Lua. Em 1970 são lançados modelos de três rodas: Patinete Luxo, Patinete Barbie e o Buggy, feito com fibra de vidro. Em 1973 é lançado o Big-Ban, feito de aço. Em 1974 é inaugurada nova fábrica. Em 1978 há o início de uma parceria com a Metalúrgica Neusa e a criação da BANESA, com o objetivo de fabricar brinquedos de pequeno porte. Em 1979 foi lançado o primeiro triciclo todo de plástico: o Tico-Tico Europa. Em 1983 são produzidos novos velocípedes e a BANESA é incorporada. Em 1984 foram lançadas bicicletas em estilo cross, com pneus coloridos. A Bandeirante participa nesse ano da primeira ABRIN, uma feira de brinquedos e instrumentos musicais. Em 1985 são produzidos brinquedos elétricos, como a Baby Moto, movida à pilha. Em 1990 há o lançamento do primeiro carro elétrico fabricado no Brasil.

 

 

No início dos anos 2000 há um processo de modernização e o logotipo da empresa procura mostrar modernidade e inovação. A empresa ganha o prêmio CNI José Mindlin conferido pela Confederação Nacional da Indústria, por causa da excelente qualidade de produtos. Em 2003 começou a produção de bonecas.

 

Em 2007 a Bandeirante passa a fornecer peças para os setores automotivo, agrícola, de saneamento e construção civil e também passa a fabricar o KART THUNDER para corridas. Em 2010 a empresa começa a fabricar os bonecos, como BEN 10, SHEREK e personagens das franquias TOY STORY e LOONEY TUNES. E em 2013 a Bandeirante passa a fabricar patinetes, lançando a linha SKATENET.

 

Atualmente a  Bandeirante tem forte presença no mercado Latino-Americano e é uma grande líder entre fabricantes de brinquedos na América do Sul. 

 

Atma: Foi fundada em 1950 na cidade de São Paulo e teve suas atividades finalizadas em 1994. Tinha o slogan: Atma é ótima! Destacava-se na área de brinquedos de plástico e ferromodelismo

 

De início era chamada de ATMA Paulista. Foi a única fabricante nacional de ferromodelismo entre 1950 e 1976. Produziu trens elétricos, tobogãs, bolas de plástico, utensílios domésticos em miniatura etc. Nos anos de 1980, apesar de ainda ter muito destaque na área de ferromodelismo, a Atma estava mal financeiramente. As maiores causas do fim da empresa foram a concorrência internacional e um incêndio que atingiu muito a fábrica em abril de 1994. 

 

Troll – O fundador da empresa foi o berlinense Ralph Rosenberg, que chegou no Brasil em 1935, deixando a Alemanha nazista. Um de seus primeiros empregos foi de vendedor de plásticos e então criou uma pequena fábrica de botões  na garagem de casa. Em 1939 transformou essa instalação em uma empresa. Ali nascia a Troll SA. Indústria e Comércio. Nos anos 60 a produção industrial se dividia em : peças industriais sob encomenda, plásticos para uso doméstico e brinquedos. Em 1967 a empresa se funde com a Companhia Brasileira de Peças Industriais S.A (CIBRAP). O nome Trol foi mantido, o controle acionário passou a ser de Dilson Funaro, proprietário da CIBRAP. Em 1969 iniciou-se a construção de um grande parque industrial na Via Anchieta, em São Paulo. Na segunda metade dos anos 70 o capital da empresa aumentou muito. Os brinquedos eram fabricados desde os anos 50 e chegaram a competir com os da Estrela. Havia entre os brinquedos as bonecas, os triciclos, miniaturas, jogos de tabuleiros etc. Alguns desses brinquedos como o triciclo Velotrol foram bastante populares. Em 1976 passaram a ser fabricados com enorme sucesso a linha Playmobil (uma criação da empresa alemã Geobra, dois anos antes). A Trol fabricava os brinquedos com autorização da empresa européia, que inicialmente relutou em conceder a licença. O diretor Ortega, da Trol, foi o responsável pela negociação e ele foi um dos fundadores nos anos 60 de uma outra empresa de brinquedos no Brasil: a Casablanca, que fabricava figuras de plástico e fortes do Velho Oeste. O Playmobil foi fabricado pela Trol durante 15 anos. 

 

Em 1975 os dirigentes da Trol criam a sociedade Trol Brinquedos da Amazônia, em Manaus, para aproveitar as vantagens da Zoa Franca. Mas as atividades fabris na área só começam em 1981com a fábrica Trol Amazonas. Nessa época é comprada a empresa Inbrima (antes chamada Roly Toys, que fabricava carrinhos em miniatura), uma indústria de brinquedos que havia falido nesse ano. A Trol buscava aproveitar as instalações já existentes e beneficiar-se dos incentivos que a Inbrima possuía. Em 1983 toda a produção de brinquedos da Trol foi para Manaus. 

 

O fim da Trol está ligada ao histórico de seu maior dirigente. Dilson Funaro (presidente do BNDES em 1985 e ministro da Fazenda de 1985 a 1987) desligou-se da Trol devido aos cargos que ocupava no governo e em 1989 morreu de câncer. Em 1987 a empresa se dividiu em diversas filiais e sociedades paralelas com sede em Manaus. E em 1989 a Trol estava com muitas dívidas, concentrando sua produção de brinquedos nas marcas Playmobil, Tente, Gente Pequena e Matchbox e depois investe toda a sua produção na marca Playmobil. Mas em 1991 a parte das indústrias que fabrica brinquedos para as maquinas e em 14 de maio de 1993 é decretada a falência da matriz Trol S.A. Indústria e Comércio. A licença do Playmobil no Brasil passou para a Estrela.

 

Glasslite: Foi fundada no bairro da Mooca, cidade de São Paulo, em 27 de dezembro de 1968 pelo japonês Yasuo Yamaguchi. O nome completo era Glasslite Indústria de Plásticos LTDA. Encerrou suas atividades em 2005. Começou como uma indústria de plásticos. Com a abertura de capital em 1980 a empresa tornava-se uma sociedade anônima e fez parcerias com as empresas Kenner e Galoob. Teve filiais nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife. Fabricou produtos licenciados baseados em séries de Tv como A Super Máquina, Buck Rogers, CHIPs e Esquadrão Classe A. Lançou outros bonecos temáticos sobre seriados, filmes e desenhos animados, como também produtos relacionados a artistas famosos como Eliana, Gugu Liberato e Carla Perez. 

 

Com a abertura do mercado a produtos estrangeiros nos anos 90, certos problemas financeiros se agravaram. Conseguiu uma recuperação temporária fabricando produtos licenciados como os bonecos da série Rambo. E enfim em 2005 a empresa decretou falência.

 

Gulliver: O nome todo era Gulliver S.A. Manufatura de Brinquedos. Foi fundada em 1969, por Mariano Lavin Ortiz, em São Caetano do Sul (SP). O nome foi em homenagem ao livro As Viagens de Gulliver. Fabricou brinquedos baseados em séries de TV como Batman e Tarzan.

 

O fundador teve uma fábrica em Madri, mas não concordava com o governo de Franco e migrou para o Brasil em 1959. Morreu em 1973. Um dos brinquedos de sucesso da empresa foi o Jogo de Xadrez do Mequinho. Outros sucessos foram Big Frota, Pino Gol, Caneta-Maluca e Linha Náutica. Em 1975 produziu personagens de pelúcia que venderam 8 milhões de unidades em 4 anos.

 

Ainda hoje a indústria ainda produz brinquedos, entre eles alguns que  tem feito sucesso como A Fazenda, Action Forces, brinquedos do Bem 10, Batman, Homem-Aranha etc.

 

Outras indústrias de brinquedos com importância no Brasil:a Mapla, em Porto Alegre, fundada em 1948  e que fabricou brinquedos como por exemplo delicadas miniaturas de carros da Fórmula-1 . Depois que se transferiu para Canoas, não houve mais a produção de brinquedos e sim de outros objetos feitos de plástico. A Elka, fundada nos ano 50, por um descendente de sírios e libaneses, Eliano Kapaz. Começou com uma tecelagem em São Paulo e depois virou a Indústria de Plásticos Elka Ltda. Passou a fabricar brinquedos e surgia a ELKA em 1955. A empresa ainda prossegue na fabricação de brinquedos. A Brinquedos Mimo, empresa fundada na década de 1950 em Itu (SP), por Sérgio e Elias Assum Sabbag. Nos anos 80 chegou a ser a terceira fabricante do Brasil. Está agora localizada em Guarulhos. Entre seus produtos de maior sucesso estavam o boneco Fofão, os bonecos dos Trapalhões e a boneca da Xuxa.  A concorrência externa com a abertura do mercado nos anos 90, em especial a competição com os chineses, prejudicou muito a empresa que teve de passar de fabricante de brinquedos para ser uma importadora de presentes e artigos para casa. Após 5 anos nessa situação, com a elevação do dólar, a Mimo voltou a produzir brinquedos para lojas de 1,99. E em 2004 a empresa aumentou sua produção de brinquedos. Atualmente a empresa fabrica brinquedos como o boneco do Homem-Aranha em PVC, assim como os bonecos do Incrível Hulk, o Coisa e Wolverine. A Grow, cujo nome todo é Grow Jogos e Brinquedos Ltda foi fundada por quatro  estudantes de engenharia: Gerald Reiss, Roberto Schussel, Oded Grajew e Valdir Rovai. Perceberam a vantagem de produzir jogos de tabuleiro que fossem brasileiros. E em 1972 em uma garagem na cidade de São Paulo criaram a empresa. O primeiro jogo foi WAR, um jogo de guerra. O jogo foi muito bem sucedido em vendas. Depois vieram Diplomacia e outros jogos. Nos anos 80 a Grow começou a se interessar por produtos licenciados, como aqueles que tem relação com personagens da Disney. Também foram feitos produtos baseados nos apresentadores Gugu e Eliana. A empresa produziu a primeira edição no Brasil do RPG  Dungeons & Dragons em 1994. Sua atual fábrica em São Bernardo do Campo produz mais de 300 produtos, sendo 15% de bonecos e 85% de baralho, quebra-cabeças e jogos de tabuleiro. A empresa passou a produzir jogos eletrônicos a partir de 2013. A Balila: nos anos 80 lançou os bonecos Lango-Lango. Era uma fabricante de brinquedos de plástico, como soldadinhos e capacetes. Deixou de produzir no final do século XX. Coluna- Os primeiros produtos foram carros e caminhões de madeira. Nos anos 90 do século XX a fábrica foi bem sucedida com jogos e brinquedos educativos, como o brinquedo Futuro Engenheiro, com várias peças diferentes para crianças montarem prédios de uma cidade.

A partir dos anos 90, a invasão de produtos chineses e as vantagens cambiais para os importados com a queda do dólar provocaram um baque na indústria brasileira. Muitas empresas tradicionais fecharam e outras perderam mercado. Lentamente, a indústria reagiu e reconquistou seu espaço, apoiado por medidas como a desoneração dos impostos, variação cambial e repressão ao contrabando, além da criatividade na hora de lançar novas linhas.  Infelizmente, como foi dito antes,  parte das grandes empresas brasileiras faliu, mas outras como a Estrela e a Bandeirante permaneceram e são ainda gigantes do setor.

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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História


 

 

Figura:

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