sexta-feira, 14 de maio de 2021

A Campanha do Maio Amarelo em 2021

 






Em 2014 surgiu o movimento Maio Amarelo, para incentivar ações organizadas envolvendo o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil com a finalidade de se discutir a segurança viária e procurar a redução dos acidentes e mortes no trânsito. Infelizmente, ainda há muitas mortes no trânsito brasileiro. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2019,  31.945 pessoas morreram.

Este ano o tema da campanha Maio Amarelo é “Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito”. Busca-se assim estimular a empatia e a humanização no trânsito, assim como que haja menos comportamentos egoístas e mais respeito, mais responsabilidade. Segundo um representante do Observatório Nacional do Trânsito (ONSV): “...É assim, pensando no outro e fazendo por todos, que esperamos trazer mais consciência e harmonia para o transitar de todos os brasileiros, com respeito e responsabilidade, se colocando no lugar do outro, praticando os preceitos de uma sociedade educada e empática”.

Em 2020 terminou a chamada Década de Ação pela Segurança no Trânsito, uma medida proposta em 2009 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foi definido pelas duas entidades que em 11 de maio de 2011 seria iniciada a Década de Ação. A cor amarela é símbolo de sinalização e alerta no trânsito.

Em fevereiro de 2020, na Conferência Mundial de Segurança Viária, realizada na Suécia, a ONU e a OMS fizeram a proposta de uma Segunda Década de Ação. O objetivo é o mesmo da proposta anterior: reduzir em 50% o número de mortos e de feridos no trânsito no mundo.

A especialista em trânsito e observadora certificada do ONSV, Eliane Pietsak, disse o seguinte sobre o tema da campanha do Maio Amarelo de 2021:

“Não deveria ser necessário criar uma campanha para que estes valores sejam colocados em prática. Deveria ser a obrigação de todos os atores no trânsito e na vida de uma forma geral. O Maio Amarelo deste ano tem como objetivo despertar esses valores que estão adormecidos. Quem sabe hoje, estejamos todos prontos para assumir o papel que nos cabe, tendo em vista os momentos pelos quais passamos e ainda estamos vivendo que é a pandemia. Respeito e responsabilidade são valores que aprendemos na família e que, pouco a pouco, muitos foram esquecendo, ao longo do caminho, mas são necessários para a segurança de todos no trânsito. Pratique!”

 Assim, torna-se necessário que os participantes do sistema de trânsito tenham uma consciência de que precisam respeitar as regras e ter empatia em relação aos outros, de que, por exemplo, motoristas devem ter cuidado especial com os mais frágeis no trânsito como pedestres e ciclistas. Todos no trânsito devem buscar o respeito, não devendo prevalecer as relações de força, do poder econômico, do status social. Como também é preciso que se deixe de usar o “jeitinho” para tentar ter vantagens, para burlar as leis. E o poder público tem também sua responsabilidade no planejamento, no gerenciamento, na realização das obras necessárias, na questão educacional, no desenvolvimento de um transporte público eficaz e na fiscalização do sistema de trânsito. Todos tem suas responsabilidades e o respeito geral precisa ser dominante na cultura brasileira. Na verdade, grande parte das relações no trânsito no Brasil está ligada ainda a costumes relacionados a um excesso de individualismo, ao clientelismo, ao “jeitinho brasileiro”, ao procurar ficar tendo vantagens sobre os outros mesmo que de forma antiética. Tais costumes estão presentes na cultura brasileira e é preciso reforçar a educação e mesmo também uma reeducação, uma mudança nestes costumes para que haja uma avanço maior na sociedade, inclusive no trânsito.

__________________________________________

Márcio José Matos Rodrigues-Psicólogo e Professor de História.

 

 

 

Figura: https://www.google.com/search?q=figura+de+tr%C3%A2nsito&sxsrf=ALeKk00OJ6_CuYD_XLBBnPYvw96qzbYu9w:1621050112357&tbm=isch&source=

 








Nenhum comentário:

Postar um comentário