Adeus Pompeia
Adeus Pompéia
Tuas antigas ruínas
Choram a dor de meninos e meninas.
Há muitos anos
Tu Pompéia e Herculano
Sucumbiram ante a fúria do deus Vulcano
E nem Hércules poderia salvar
Aqueles pobres seres humanos.
Insepultos mulheres patricias
E gladiadores.
Quantos amores
Podem nos contar paredes desenterradas?
Agora as cores
Estão esmaecidas.
O rapaz que porventura esperava sua amada
Talvez em outro mundo a espere
Em uma realidade encantada
0nde amantes se encontram
Em uma nova jornada .
Agora Pompéia
A terra é escavada
A procura de respostas.
Mas nem todas serão encontradas!
Marcio José Matos Rodrigues
Todo poeta é um
sonhador !
Até os concretos ,
Por mais espertos ,
Que possam ser
São sonhadores.
Sim , pois também eles tem seus amores
E suas dores.
Espalho meus versos como cartas
Como flores.
Como chuva que cai
Como cores
De quadros que pinto
Com palavras .
O tu que escavas
Em ruínas antigas,
De teu passado,
O que procuras?
Digas!
Palavras não são tuas escravas,
São mensageiras.
Poesias que crias
São tuas amigas,
São filhas;
São a luz
Que te tornaram sol.
São teu farol,
Um farol amigo,
Quando a noite surge ameaçadora;
Quando enfim abres os olhos
E acordas do teu sono,
Descobrindo o quanto estão em perigo
A fauna e a flora.
Márcio José Matos Rodrigues
Teus
olhos são dois passarinhos
Teus olhos são dois passarinhos,
No meu coração fiz
ninhos
Para guarda-los em
mim.
Não somos
namorados,
Não somos amantes,
Estamos distantes,
Por que
então
Eu te amo assim?
E é preciso razão?
Só sei que teus
olhos são passarinhos
No meu coração fiz
ninhos
Para guarda-los em
mim.
Linda flor que
perfuma minha alma
E se vier a
tormenta?
Será que meu ser
aguenta?
Lembrar de ti me
acalma,
Porque teus olhos
são dois passarinhos,
No meu coração fiz
ninhos,
Para guarda-los em
mim.
E se a tristeza me
chama ?
A tua beleza é
chama
E mesmo que não me
ames bela dama ,
Teus olhos são
passarinhos,
No meu coração fiz
ninhos
Para guarda-los em
mim.
Se for loucura te
amar ,
Por sermos tão
diferentes,
E seres a mim
talvez indiferente,
Não irei lamentar,
Porque teus belos
olhinhos,
Lindos e
inocentes,
São dois
passarinhos,
Para os quais fiz
ninhos
Para guarda-los em
mim!
Márcio José Matos Rodrigues
Linda Cerejeira
Linda cerejeira
Cheia de flores
Eu sou o antigo carvalho
Que chora amores
Perdidos em outras épocas.
Cada folha caída
É uma lágrima que derramei por ti.
Resisti às tempestades?
Resisti.
É bem verdade!
Mas até quando?
Hoje tu ris,
Ris tanto!
Cada sorriso teu é uma flor de
bondade ,
Embeleza com teus sorrisos ternos
Os caminhos.
E eu aqui sonhando com beijos
Neste meu inverno.
Márcio José Matos Rodrigues
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