O tempo não é um predador,
Ele não tem o calor
Linda dama,
Que os teus olhos transmitem,
Nem tua graça.
Ele não ama,
Não fica triste,
Nem odeia,
Não tem ideias.
Apenas passa...
Existe!
Não é ele que faz
Ou traz
Desgraça.
O que ontem viste,
Passou,
Ficou na memória.
Quem nos fala dos fatos passados
Das civilizações?
Clio,
A deusa da História.
Ah! Lindas canções,
Que falam do tempo.
Grandes nações
E impérios,
Tiveram suas glórias,
Seus ocasos.
O tempo dá seus longos passos,
É um rio
Do infinito.
Em um sonho bonito,
Viajo no tempo e no espaço,
Mas como tudo na vida
Eu passo.
Por isso te digo querida,
Há tempo de uma flor,
E o de uma tartaruga centenária.
Lembro que o poderoso Crasso,
Queria,
Ser imperador,
Para sucumbir depois em completo fracasso!
O tempo é um bebê sugador
Sugando o leite do seio da eternidade.
Se houve um grande amor,
Temos saudade,
Dos bons momentos,
Lembranças vem como um vento,
Na passagem da manhã para a tarde.
O tempo não dorme,
Não tem sentimento,
Não é por maldade
Que nos consome.
Tem fome,
Agora
E sempre.
Nos tempos de outrora,
Havia cavalos nas guerras,
Hoje há mísseis,
Drones.
Quando os tempos não foram difíceis?
Quando houve só paz entre os Homens
Na Terra?
O camponês semeia a terra,
E espera...
Põe-se o sol,
Atrás da serra,
Uma tarde se encerra.
Sou o girassol,
Que louva a beleza da rosa,
Que reina linda e majestosa,
Exalando uma fragância suave,
Gostosa.
Moça bela,
Que a temperatura não seja tão quente,
Nem a chuva tão potente.
Melhor fechar a janela!
Que a intempérie ainda que poderosa,
Seja breve.
Que haja tempo de plantar e colher,
Que a colheita seja generosa,
Que meu beijo a brisa leve.
Uma coruja pousou de repente,
Em teu colo,
Misteriosa,
Dizendo para o mundo todo,
Que não basta lançar a semente,
É preciso também cuidar bem do solo!
A coruja não mente,
Entretanto quem for tolo,
Pensa tanto,
E não entende!
Márcio José Matos Rodrigues
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