Continuando meus artigos em homenagem às mulheres que se destacaram na História, vou contar a seguir a história de Lyudmila Pavlichenko.
Lyudmila Pavlichenko foi uma sniper muito eficaz em
seu serviço de eliminar nazistas. Era ucraniana e ficou conhecida como "Senhora
Morte". Nasceu
em 12 de julho de 1916. Matou 309 militares inimigos. Este número está
registrado no livro "The Sniper Anthology, Snipers of the Second World
War". Mas segundo números não oficiais, talvez ela tenha matado cerca de
500 militares inimigos. Entre os mortos por ela, estavam 36 snipers alemães.
Lyudmila aprendeu a atirar em um clube de tiro aos
14 anos, em Kiev, onde passou a morar com sua família. Tornou-se uma hábil
atiradora. Antes de lutar como soldada, ela estudava História, na Universidade de Kiev,
quando decidiu se alistar em 1942 no Exército Vermelho. Alguns oficiais
soviéticos tentaram mudar sua inscrição para a área de enfermagem militar, o
que não foi aceito por ela e insistiu em ir para a linha de frente como
integrante da infantaria. Mesmo com essa tentativa dos oficiais, não
significava que todo o Exército Soviético quisesse afastar as mulheres do
serviço militar, pois houve quase duas mil atiradoras de elite soviéticas na
luta contra o exército invasor. E dessas, aproximadamente 500
sobreviveram.
Ela enfrentou o preconceito por ser mulher, que
começou sua carreira no Exército, quando tinha 24 anos. O maior número de alvos
efetivados por Lyudmila foi durante o cerco nazista (que com apoio de tropas
romenas), a Odessa e Sevastopol (Ucrânia). Foi em Odessa que houve em 1942 o
maior número de mortos por ela: 187. O comando do Exército alemão mandou atiradores snipers acabarem com Lyudmila, mas eles não
conseguiram e eles se tornaram alvos dela, tendo matado vários.
A primeira vítima de Lyudmila foi abatida com um
rifle de ferrolho Mosin-Nagant. Mas ela passou a usar preferencialmente o
rifle semi-automático Tokarev SVT-40. Tinha uma ótima pontaria e contava com
rifles de qualidade. Também tinha muita paciência na espera do alvo. Segundo
relatos de testemunhas que eram colegas de farda dela, a atiradora em certas ocasiões
esperava até 18 horas sem se mexer, aguardando a hora de abater o inimigo.
Foi ferida por um morteiro em 1942 e teve de ficar
fora de combate. Relatou seus feitos depois da guerra em uma passagem pelos
Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, quando foi homenageada. Ela se tornou a
primeira componente do exército soviético a ser recebida por um presidente dos
EUA. Ganhou de presente nesse país uma pistola Colt semi-automática e no Canadá
ganhou um rifle Winchester. Ela foi homenageada também em Moscou pelo governo
da União Soviética, sendo condecorada como heroína. Ela, após ter sido ferida, não retornou ao
campo de batalha, tendo sido promovida a major e se tornado instrutora. Treinou
vários snipers soviéticos até o fim da Segunda Guerra Mundial. Lyudmila foi importante nos
combates da URSS contra o Eixo. Faleceu
devido a um AVC, em 10 de outubro de 1974, aos 58 anos.
Márcio José Matos Rodrigues-Professor de
História.
Figura: https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=AwrFYhGqVw1kVUkvGRXz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3Nj?p=imagem+de+lyudmila+pavlichenko&fr=mcafee
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