No 25 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Trânsito no Brasil. A
data foi criada em relação à Lei de número 9503/1997, aprovada em 23 de
setembro de 1997 e retificada em 25 de setembro. Tal lei
foi alterada pela lei nº 13 546/2017, que fez mudanças em alguns pontos
específicos para tornar mais dura a legislação para os condutores que estejam
dirigindo sob efeitos de álcool ou drogas.
Como
trânsito se entende todo o tráfego de pessoas, objetos e animais, que acontece
por meio da utilização de algum transporte de locomoção ou por meio da
locomoção a pé, tanto em vias públicas como em vias particulares.
O Dia do Trânsito faz parte da Semana Nacional do
Trânsito, do dia 18 ao dia 25 de setembro, período em que há atividades de
educação para o trânsito, com o objetivo de promover a conscientização dos
participantes do trânsito.
As atividades
educativas são um meio utilizado para que as pessoas se eduquem mais e obedeçam
mais às regras de trânsito para que sejam reduzidos os chamados acidentes de trânsito, pois grande parte
das causas destes acidentes está relacionada ao comportamento inadequado dos
condutores. Também busca-se diminuir bastante o número de vítimas no
trânsito.
A
questão é bastante séria. Em dados do Seguro de Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) do ano de 2017, as ocorrências
de morte no trânsito brasileiro foram de 41.151 vítimas.
Além
dos comportamentos inadequados, como dirigir alcoolizado, também influenciam na ocorrência de acidentes, a sinalização e as rodovias
em condições precárias em certos casos, como também podem influenciar nas
causas os veículos em más condições de uso.
Em março de 2010 a Assembleia-Geral das Nações
Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a
2020 como a “Década de ações para a segurança no trânsito". O documento
foi baseado em um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo as
contas desta entidade, em 2009 houve aproximadamente 1,3 milhão de mortos por
acidentes de trânsito em 178 países e cerca de 50 milhões sobreviveram com
sequelas. Os custos foram calculados em
torno de um percentual entre 1% e 3% do produto interno bruto da cada país. A
ONU pretendeu, com a criação da "Década de ação para a segurança no
trânsito", poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, 5
milhões de vidas até 2020.
O Brasil está entre as
dez nações com mais mortes no trânsito. Juntas, estas nações são responsáveis por 62% das
mortes por acidente no trânsito.
Segundo a ONU, um percentual aproximado de 90% das
mortes em acidentes de trânsito
ocorre em países em desenvolvimento.
A OMS fez estudos que indicam a situação se
agravará nos países mais pobres, nos quais haverá aumento da frota de veículos, da falta de planejamento e do baixo
investimento na segurança das vias públicas.
Conforme informações mais atuais: A cada ano morrem
cerca de 1,35 milhão de pessoas por causa de acidentes no trânsito; A Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável fixou a meta de reduzir pela metade até
2020 o número de mortos e feridos em acidentes
de trânsito em todo o mundo; Mais da metade de todas as mortes no trânsito
ocorre entre usuários vulneráveis das vias: pedestres, ciclistas e
motociclistas; Mais da metade de todas as mortes no trânsito acontece entre
usuários mais vulneráveis das vias: pedestres, ciclistas e motociclistas; a
principal causa de morte entre crianças e jovens está relacionada às lesões
ocorridas no trânsito. Entre 20 e 50 milhões de pessoas acabam ficando
incapacitadas por causa de lesões não fatais. E os países tem muitas perdas econômicas
devido aos acidentes. Tais perdas vem
de custos com tratamentos, redução/perda de produtividade etc.
Diante de tudo isto que foi relatado acima, é
necessário um esforço conjunto para se reduzir cada vez mais os acidentes. É preciso haver condutores
mais preparados em sua formação, mais preocupados com a segurança do que com a
velocidade. A responsabilidade, o comprometimento com a qualidade de vida das
populações e a empatia tem que estar cada vez mais presentes entre os participantes
do trânsito. Há ainda muito egoísmo, muito individualismo e desrespeito ao
outro, como também muitas negligências e comportamentos imprudentes. E os
governos também tem que fazer sua parte, planejando, fiscalizando,
proporcionando meios para a educação para o trânsito, fazendo valer as leis;
sendo severos com os infratores; possibilitando vias mais seguras; criando
melhores condições para o transporte público coletivo e o transporte
cicloviário, que tem que ser mais valorizados e utilizados. Também é necessária
uma atenção especial para a questão das motocicletas, pois muitos acidentes estão relacionados a este
tipo de transporte.
Toda a sociedade, enfim, tem que estar envolvida,
para que haja mais respeito à vida, havendo mais consciência de que é preciso
haver um trânsito mais seguro.
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Márcio José Matos Rodrigues-Psicólogo e Professor
de História
Figura: https://ferviporai.wordpress.com/2015/09/09/fatos-sobre-o-canada-9/
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