Continuando
a escrever sobre personalidades famosas nascidas em agosto, vou falar neste
artigo sobre a escritora Mary Shelley, criadora da obra “Frankestein”.
Mary
Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin (30 de agosto de 1797-01
de fevereiro de 1851) foi uma escritora inglesa autora de “Frankestein ou o Moderno Prometeu”
(1818), nascida em Londres, filha do filósofo William Godwin e da escritora
Mary Wollstonecraft. Ela era esposa do poeta Percy Bysshe. Ela foi autora de
contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens.
Também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, com quem se casou em 1816,
após o suicídio de sua primeira esposa. Seu pai não aprovava o relacionamento e
tentou impedi-los de prosseguir. Mas com o casamento acabaram tais conflitos na
família.
Mary Godwin não gostava de sua madrasta. Os
Godwins formaram uma empresa de publicidade chamada M. J. Godwin, que vendia
livros infantis, artigos de papelaria, mapas e jogos. Porém, o negócio não teve
lucros e Godwin foi forçado a contrair empréstimos para continuar. Mary Godwin,
recebeu uma educação incomum e avançada para uma garota da sua época.
Teve uma educadora, um tutor, e leu vários livros infantis de seu pai sobre a
história de Roma e da Grécia. Com frequência levava as crianças em viagens
educacionais e elas também tinham acesso a sua biblioteca e a muitos
intelectuais que o visitavam.
Nas férias que o casal Percy e Mary
passaram em 1816, com Lord Byron, John William Polidori e Claire
Clairmont às próximidades de Genebra, Mary iniciou “Frankestein,”que permanece sendo lido
mundialmente e tendo inspirado muitas peças de teatro e adaptações para o
cinema. Nessa obra, um jovem chamado Victor Frankenstein, que era
estudante de ciências naturais, construiu um monstro em seu laboratório, que
encontra dificuldades para viver entre os humanos. Esse romance
influenciou outros escritores e é considerado um clássico do estilo gótico
romântico. É a história de um cientista, que obcecado por tentar recriar a
vida, fica horrorizado ao ver que cometera um erro. Em uma certa parte do livro
ele chega a refletir sobre sua responsabilidade sobre o que fizera e a criatura
à quem dera a vida, e o quanto é errada a busca cega pelo conhecimento.
As experiências de Alexandre Volta e de Luigi
Galvani podem ter influenciado Mary Shelley na sua obra Frankenstein, que
sugere transplantes modernos de órgãos, regeneração de tecidos e as implicações
morais envolvidas. O “monstro” era inteligente, bom e apaixonado, no entanto
evitado por ser muito feio e deformado e se vendo excluído transforma-se em um
ser assassino que acaba matando seu próprio criador.
Ela
escreveu também as seguintes novelas: “Valperga” (1823), “The Fortunes of
Perkin Warbeck” (1830), “The Last Man” (1826), e as novelas “Lodore” (1835) e
“Falkner “ (1837).
Orfã
de mãe desde os dez dias de idade, ela e sua meia-irmã, foram criadas por seu
pai e quando Mary tinha quatro anos, ele casou com uma vizinha. Recebeu uma
rica e informal educação de seu pai que a incentivou em direção a teorias
políticas liberais. Conheceu Percy Bysshe Shelley, um dos seguidores políticos
de seu pai e manteve com ele um relacionamento amoroso. Mary ficou grávida de
Percy e com ele se casa após a morte da primeira mulher dele em 1816, após
terem passado um período de dois anos de ostracismo, dívidas e a morte da filha
prematura.
Deixam
a Inglaterra em 1818 e vão para a Itália onde o segundo e terceiro filhos do
casal morrem antes do nascimento de um último filho, o único que sobreviveu,
Percy Florence. Em 1822 Mary perde o marido, que se afogou quando o barco em
que estava afundou durante uma tempestade e um ano depois ela volta à
Grã-Bretanha. Na sua última década de vida sofreu com uma doença, provavelmente
devido a um tumor cerebral e morreu aos 53 anos.
A obra dela considerada pela crítica como sua
melhor obra foi “O Último Homem” (“The
Last Man”) de 1826, que teve grande influência sobre a ficção
científica. Em “O Último Homem” Mary conta a história do fim da civilização
humana e sua destruição por uma praga.
A época de criação da autora é a da Revolução
Industrial , o período pós-napoleônico quando a Inglaterra aparece como nação
vencedora e industrializada, com um crescente urbanismo, migração cada vez
maior do campo para as cidades para trabalhar nas fábricas e a pobreza do
operariado.
É o período romântico no qual vários escritores e poetas se voltam
para a natureza.
Frases de Mary Shelley:
“Então vem sempre aquela voz me dizer que: O começo é
sempre hoje."
“A poesia imortaliza tudo o que há de melhor e de mais belo
no mundo.”
“Nada contribui tanto para tranquilizar a mente quanto um
objetivo claro - um ponto sobre o qual a alma possa fixar seu olhar
intelectual.”
Figura: O "monstro de Frankestein”.
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Márcio
José Matos Rodrigues-Professor de História
Figuras: Google.
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