James Clark Maxwell foi um importante
físico que nasceu em 13 de junho de 1831 em Edimburgo, na Escócia. Ele foi um
fantástico teórico do século XIX, conseguindo complementar o cientista Faraday,
que era um ótimo experimentalista. Ele foi muito religioso, uma pessoa tímida,
com forte senso de humor e com simplicidade. Tinha uma intuição física muito
boa e usou modelos visuais e matemáticos com brilhantismo, exerceu uma imaginação criadora. Maxwell com sua síntese no eletromagnetismo,
por meio de suas equações de campo, contribuiu de uma forma que pode ser
comparada aos feitos de Newton e Einstein na mecânica.
Aos 15 anos, por intermédio da
Royal Society de Edimburgo, ele publicou seu primeiro trabalho científico
chamado "Descrição das Curvas Elípticas". Entrou na
Universidade de Edimburgo em 1847, lá ficando por três anos e depois foi
estudar matemática no Trinity College, em Cambridge. Em 1849 começou a
pesquisar sobre visão a cores em 1849 e por meio dessa pesquisa demonstrou como
todas as cores podem ser obtidas a partir das cores primárias, vermelho, verde
e azul.
Escreveu, em 1855, o artigo "Sobre
as Linhas de Força de Faraday”, o qual tratava de eletricidade e magnetismo,
tomando com base trabalhos de Michael Faraday. Em 1858 casou-se com Katherine
Dewar e em 1860 passou a ser professor do King's College,na Universidade de
Londres, tendo sido nessa instituição o primeiro cientista a usar a teoria das
probabilidades no estudo das propriedades dos gases. Na época escreveu também
um artigo sobre os anéis de Saturno. Foi eleito em 1861 para a Real
Society de Londres.
Em 1865 o pai de Maxwell faleceu. Eles
eram muito ligados, pois o pai o tinha criado desde a morte da mãe quando James
tinha somente 8 anos. De volta à Escócia, Maxwell entra como professor de
Filosofia Natural na Universidade de Aberdeen. Nesse tempo ele estudou a teoria
dos campos magnéticos e produziu a primeira fotografia colorida. Apresentou na
Real Society um trabalho sobre as propriedades dos gases em 1866.
Em 1871 veio a se tornar o primeiro
professor de física experimental da Universidade de Cambridge, tendo construído
o Laboratório Cavendish. Maxwell faleceu em 5 de novembro de 1879. É
considerado um formidável cientista do século XIX, com trabalho que fez a
relação entre o eletromagnetismo e a luz.
Segundo Domiciano Marques, graduado em
Física:
“Maxwell demonstrou, usando a analogia
das oscilações dos campos elétrico e magnético com as oscilações de um fluido,
que essas oscilações poderiam se propagar da mesma forma que as ondas
mecânicas. Maxwell imaginou que essas ondas se propagariam em um meio que
chamou de éter, um meio invisível que envolveria todos os objetos.
A ideia da existência do éter perdurou
até o estabelecimento da Teoria da Relatividade, na segunda década do século
XX. Usando as propriedades dos campos elétrico e magnético, conhecidas na
época, Maxwell calculou a velocidade de propagação dessas ondas, obtendo o
valor de 3x108 m/s, que reconheceu como sendo o valor da velocidade da luz.
Tomando como referência essa descoberta, ele propôs que a luz visível deveria
ser uma onda eletromagnética.
Maxwell, no ano de 1864, juntou, ou
melhor, unificou e generalizou as Leis de Coulomb, Ampère, Faraday e Lenz,
enunciando o que hoje conhecemos como as Leis de Maxwell. De uma
forma simplificada, elas diziam que:
- A força entre cargas pontuais é
diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre elas (Lei de Coulomb).
- Não existem monopolos magnéticos.
- Um campo elétrico variável ou uma
corrente elétrica podem criar um campo magnético.
O trabalho de Maxwell não foi bem
aceito pela comunidade científica da época. Não havia comprovação experimental
da relação entre luz e fenômenos elétricos e magnéticos. Quando morreu, não
houve homenagens a ele. Somente os cientistas de visão, como Hertz,
reconheceram de imediato a importância das suas descobertas.
A comprovação experimental da
existência de ondas eletromagnéticas fora do espectro visível só ocorreu em
1888, quase dez anos após a morte de Maxwell. Como dito, coube ao físico alemão
Heinrich Hertz demonstrar, de forma indiscutível, a existência dessas ondas. As
contribuições de Maxwell o colocaram como um dos maiores cientistas de todos os
tempos(...).”
_________________________________________
Márcio José Matos Rodrigues- Professor
de História.
Nenhum comentário:
Postar um comentário