Por muito tempo eu acalentava o desejo de conhecer
uma cidade antiga do Pará, a cidade de Bragança, chamada de “Pérola do Caeté”.
Não conhecia e ainda não conheço muitas cidades no meu Estado e Bragança, até
2021 era uma dessas cidades. Assim, em um ano que a pandemia de COVID ainda
ceifava muitas vidas, porém já se mostrando um controle por meio da vacinação,
com o número de óbitos em queda no Brasil, eu resolvi passar dois dias em julho
desse ano em Bragança para conhecer esta cidade bela e histórica. Nesses dias
pude conhecer pontos turísticos bragantinos e também a praia de Ajuruteua, um
dos locais mais belos do município de Bragança, tendo tido o suporte de um
motorista local, o “Seu Beto”, que me conduziu por Bragança e até Ajuruteua.
A segunda vez que fui para Bragança foi em meados
de janeiro, por três dias, em um período em que tirei uma licença do
trabalho. Novamente assistido pelo “Seu Beto”. Dessa vez, eu novamente visitei
a estátua de São Benedito, um grande monumento situado às proximidades do rio
Caeté e também fui a Ajuruteua. Completando meu passeio, fui até o município de
Augusto Corrêa, que no passado fez parte de Bragança. É um pequeno, mas
agradável lugar, com uma simpática orla. Uma localidade que conheci pertencente
a Augusto Corrêa foi a orla de Perimirim. Muito bonita. E os almoços e
jantares nos restaurantes bragantinos também foram ótimos, em especial os
pratos de peixes e mariscos, que saboreei acompanhados de algumas cerpinhas (“cerpinha”
é uma cerveja paraense muito elogiada dentro e fora do Pará).
Bem, diante deste relato de minha passagem pelos
municípios de Bragança e Augusto Corrêa, aproveito para mostrar um pouco da
história dos mesmos.
Bragança:
Antes da ocupação europeia, o local onde Bragança
está era habitado pelos índios apotiangas da nação dos Tupinambás. Segundo
relatos históricos, os franceses foram os primeiros europeus que chegaram nas
terras onde hoje está Bragança. Conforme a Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros: “decerto foram os franceses os primeiros europeus que, em
explorações marítimas, investigaram os meandros da costa paraense, entre o rio
Gurupi e a cidade de Belém.” A criação da capitania do Gurupi pelos portugueses
foi no século XVII, graças a uma doação em 9 de fevereiro de 1622 pelo rei
espanhol Felipe III para o Governador-Geral do Brasil, Gaspar de Souza. Houve
uma questão envolvendo a capitania, porque em 1633 Francisco Coelho de Carvalho
deu ao seu filho Feliciano Coelho de Carvalho a mesma capitania, surgindo uma
disputa, já que Álvaro de Souza, filho de Gaspar de Souza, reclamou ao rei da
Espanha (essa época Portugal estava ligado à Espanha pela União Ibérica)a posse
da capitania .
A influência portuguesa na cidade pode ser notada,
por exemplo, em prédios como aIgreja de São Benedito, do século XVIII e nos
estilos arquitetônicos da catedral de Nossa Senhora do Rosário, construída na
segunda metade do século XIX e no prédio do Instituto de Santa Teresinha, assim
como em outras edificações.
Segundo o historiador Dário Benedito Rodrigues:
“Banhada pelo rio Caeté, Bragança é uma das cidades
mais importantes da História do Pará e da Região Norte do Brasil, uma cidade do
interior. Com um ornamento nobre com palmeiras imperiais, a frente da cidade é
um monumento de imponência peculiar. É uma terra que traz uma sensação
acolhedora característica para locais onde os rios ainda ditam, de certa forma,
o ritmo da vida em geral. Bragançapossui ao Norte de seu território,
belezas incomparáveis que brotam de um ecossistema em que se destacam manguezais
e quilômetros de praias.
As origens de Bragança remontam a 1613, sendo os
franceses da expedição de Daniel de La Touche, os primeiros brancos a
conhecerem a região do Caeté, então habitada pelos índios Tupinambás, a 08 de
julho daquele ano, porém existem controvérsias acerca da exatidão dessa data.
Em 1612, o conquistador francês Daniel de La
Touche, senhor de La Ravardière, à frente de seus expedicionários, fundou
São Luís no Maranhão, estabelecendo proveitosas alianças com as tribos
indígenas da região, muitas oriundas da poderosa nação Tupinambá. Logo depois,
Ravardière partia para a conquista francesa da Amazônia. Em 8 de julho de 1613,
com uma escolta de quarenta soldados, partiu rumo ao vale dos rios amazônicos,
estabelecendo amizade com os Tupinambás que povoavam densamente essa área,
escorraçados das costas baiana e pernambucana.
Os primórdios de Bragança remontam a esse episódio,
onde os franceses, tentaram organizar o primeiro núcleo da colonização na
região do rio Caeté (ou Caité = caa + y + eté =
mato bom, verdadeiro, na língua tupi). Prosseguiu então para o vale do rio Pará
e, mais adiante, ao rio Tocantins, buscando firmar sua tentativa de dominação
nas áreas de posse da união ibérica na América.
Os momentos iniciais da formação da capitania foram
difíceis. Os índios foram praticamente exterminados tanto pela guerra contra
franceses e holandeses, quanto pelos males físicos e doenças dos europeus, além
de o serem alocados para um trabalho obrigatório junto aos primeiros colonos.
Por causa da perda da mão-de-obra indígena, Gaspar de Souza não investiu nestas
terras, nem investiu ou povoou o território da capitania. Diante da
proeminência na perda da capitania, doze anos depois, Álvaro de Souza, filho e
sucessor de Gaspar, erigiu a vila de Souza do Caeté. Em seguida, após a criação
da vila, ocorreu a fundação do aldeamento de São João Batista, pelos padres
jesuítas que lideravam índios tupinambás.
O conflito inicial que envolveu o território data
de 1633, ainda com a posse do território dada a um donatário particular.
Francisco Coelho de Carvalho, governador do Maranhão, solicitou poderes sobre o
local para doar a área a seu filho, que chegou a fundar a sede da capitania do
Caité às margens do rio Piriá, no Maranhão, com o nome de Vera Cruz do Gurupi.
Inconformado, Álvaro de Souza, herdeiro legítimo, reclamou seu território
diretamente a Filipe IV da Espanha, que resolveu a questão da posse junto a seu
Conselho, dando definitivamente a Capitania a Álvaro de Souza, que
imediatamente fundou a Vila Souza do Caeté, hoje Vila-que-era, ao lado direito
do rio Caeté, mais próxima da saída para o Oceano Atlântico, porém com
dificuldades de acesso e comunicação com Belém. A partir de então, a sede é
transferida para o outro lado o rio. Portanto, desfazem-se certos mitos
recém-publicados dos nomes do local, dos recortes temporais e da explicação de
que Bragança teve duas origens, uma maranhense e uma propriamente local.
Em 1640, já encontram-se registros da “villa de
Caité”, num documento português de “Descrição de todo o Marítimo da Terra de
Santa Cruz”, de João Teixeira, responsável pela cartografia real e pelo
levantamento de praticamente todo o litoral conquistado pelos portugueses. Esse
período foi marcado pela conquista e fundação de diversas vilas e povoações, como
Cananéia, na Paraíba em 1585, Natal em 1599, São Luiz em 1612, Cabo Frio em
1615, Caeté em 1634, Cametá em 1635, Tapuitapera (Alcântara no Maranhão) em
1637, Gurupá em 1639 dentre outras,
Em 1750, Manoel Antônio de Souza e Melo requereu do
Rei D. João V, em carta de 12 de março de 1750, ajuda para administrar a
Capitania do Caité, com mão-de-obra de índios, ajuda na coleta de sal, além de
solicitar condições como legítimo filho e herdeiro de José de Souza e Melo,
chamado de Porteiro-Mor. Com o falecimento do rei em 1750, assume o trono D.
José I. Sebastião José de Carvalho e Melo foi nomeado como Secretário de Estado
e em 1751, o irmão de Sebastião Carvalho foi nomeado Governador do Estado do
Grão-Pará e Maranhão. Era Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Tais
autoridades tornaram-se referências especiais para os estudos acerca do projeto
de consolidação do que era o estado do Grão-Pará a partir do território de
Caité e a Vila de Bragança.
Contrário ao pedido de Manoel o rei D. José I
decidiu retirar dele os direitos sobre a Capitania do Caité, através de um
decreto datado de 14 de junho de 1753, incorporando seu território ao Estado
português, de volta ao domínio da Coroa real. Terminava assim, a Capitania do
Caité que passava definitivamente a pertencer ao Pará.
Os conflitos principais estavam relacionados com a
falta de mão-de-obra para os colonos, com muitos desentendimentos entre os
colonos e indígenas, como a sublevação de 1741, na capitania do Caeté, quando
os moradores fizeram um motim conspiratório, expulsando dois padres jesuítas da
aldeia de São João Batista, fato comunicado ao rei D. João V em carta de 22 de
outubro de 1742, pelo Governador João de Abreu de Castelo Branco. Três anos
depois desse documento, o mesmo relato foi feito pelo padre provincial dos
jesuítas ao rei, em carta de 25 de outubro de 1745, onde são expostos os fatos
com minúcias. Esses dois documentos se complementam com a devassa sobre o
tumulto documentado pelo Ouvidor Geral. Conforme os documentos, a motivação da
expulsão dos padres jesuítas foi a de não terem conseguido índios para o
trabalho junto a autoridades e moradores da vila.
Em 1751, Mendonça Furtado havia feito um
levantamento das condições das comunidades existentes para determinar onde se
poderiam estabelecer novos núcleos urbanos, dentro do projeto pombalino. Deste
levantamento, em 1753, Furtado comunica a escolha da povoação de Souza do Caeté
como um local de antecipação para o projeto como uma primeira vila oficial. Sem
perda de tempo, o Ouvidor Geral da capitania do Grão-Pará toma posse da
capitania, fundando naquele sítio uma Vila com o nome de Bragança. Daí em
diante a Vila Souza do Caeté passou a chamar-se Vila de Bragança, sendo um dos
documentos principais a carta do governador e capitão-general do Estado do
Maranhão e Pará, Mendonça Furtado ao rei D. José I em 11 de outubro de 1753.
Furtado comunica também as providências para a nova
vila, como a vinda de 30 casais de açorianos para povoá-la. Já existia,
entretanto, um aldeamento indígena que conforme o documento sustentaria as
relações de trabalho suplementar para a agricultura e transporte (terrestre e
fluvial) de produtos da lavoura para Belém. Uma escola de língua portuguesa
também foi criada para facilitar o contato e a comunicação entre portugueses e indígenas.
Para sustentar ainda mais o contato com Belém,
Mendonça Furtado viabilizou a criação da Vila de Ourém, no rio Guamá, como
entreposto de comércio e comunicação com Bragança. Um povoado chamado Tentugal
faria uma ligação fluvial com Bragança, via rio Caeté. De Tentugal a Ourém por
um caminho terrestre e de lá à Belém em embarcações pelo rio Guamá, um
reordenamento territorial antecipado aos propósitos do Diretório dos Índios,
estabelecido anos mais tarde.
A Vila de Bragança foi palco das experiências que
serviriam de base para o Diretório dos Índios de 1755/1757. O mesmo aconteceu
com a aldeia de São João Batista (no local onde é o bairro da Aldeia hoje em
dia). Os indígenas seriam acomodados junto aos europeus, passando a trabalhar
em diversos serviços, muitos com remuneração, sendo inclusive permitido o
casamento entre europeus e índios, tudo com o apoio da Coroa portuguesa. Em
relação à língua materna – o tupi ou língua geral – sua proibição foi feita,
valorizando o uso da língua portuguesa para a comunicação. Os índios passaram a
ter direitos civis de cidadãos/súditos portugueses.
Esses inúmeros desafios foram superados na medida
em que, antes das regras do Diretório, a Capitania do Caité e Gurupi passou
para os domínios da administração real portuguesa. Uma das bases principais
para essa solução foi a justificativa de desenvolvimento agrícola da região. E
o nome do lugar também foi modificado. Partiu de uma carta de 11 de outubro de
1753, quando Mendonça Furtado escreveu ao rei D. José I sugerindo o nome
–Bragança – em homenagem à dinastia reinante.
Foi o Ouvidor Geral do Pará, João da Cruz Diniz
Pinheiro, por ordem de Mendonça Furtado, que ergueu a Vila de Bragança. Dois
anos depois, ele relatou seus progressos o Conde de Oeiras, Sebastião José de Carvalho
e Melo, informando que trouxe, segundo ofício de 30 de setembro de 1754
destinado ao Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Diogo Mendonça Corte
Real, um grupo de engenheiros e astrólogos para traçar a estrada entre a Vila
de Bragança e Ourém, por exemplo. Provavelmente, foi o engenheiro Galuzzi,
trazido em 1754, quem organizou o traçado da estrada entre Bragança e seu
principal entreposto à época.
O documento traz ainda um relato de insatisfação do
Ouvidor Geral em relação ao tratamento de desprezo recebido por ele em contato
com o padre jesuíta Theodoro da Cruz, missionário da Aldeia de São João
Batista, contrários à nova administração real portuguesa sobre a extinta
capitania e indispostos a colaborar com a autoridade portuguesa, não concedendo
inclusive índios para os trabalhos dos colonos e até mesmo provocando o Ouvidor
para que ele cometesse algum excesso contra os jesuítas, podendo depois
queixar-se ao rei. Foi o que bastou para que o governador Mendonça Furtado
mandasse para a Vila um destacamento militar para assegurar a ordem e o
trabalho dos indígenas junto aos colonos.
Esses trabalhos foram confirmados pelo Provedor Mor
da Capitania do Pará, João Inácio de Brito e Abreu, ao Secretário de Estado da
Marinha e Ultramar Tomé Joaquim da Costa Corte Real, conforme ofício de 20 de
outubro de 1758, quando descreve as duas localidades que deram origem à cidade
de Bragança na atualidade. Na descrição da vila, informa que ela era separada
da parte onde ficava a Aldeia de São João Batista por um pequeno braço de rio
que se atravessava por uma ponte de madeira, que media sete braças de
comprimento por doze palmos de largura. Do lado dos colonos, na área onde hoje
é traçado o polígono histórico de Bragança, existiam 52 moradas e do lado onde
é atualmente o Cruzeiro da Aldeia, 22 casas velhas onde moravam poucos índios
que lá moravam e permaneceram e hoje extinta Igreja de São João Batista. A
distância entre as casas mais próximas era de 30 braças (uma braça
mede 2,2 metros). Do lado dos colonos, existia outra Igreja para frente do
rio, a igreja paroquial de Nossa Senhora do Rosário, coberta de telhas, com 12
braças de comprimento por 7 de largura, ao lado da qual existia a casa da
residência que acomodava o pároco e o diretor da vila. Isso nos determina o
primeiro traçado urbano de Bragança, com uma representação onde havia também
algumas ruas e duas praças, duas igreja, Casa de Câmara e Cadeia, dezenas de
casas e uma população formada por colonos portugueses, açorianos e indígenas.
A existência de um local para a Casa da Câmara
significa que já estava organizado um poder legislativo local, já que os
agentes oficiais da Câmara pediram o auxílio de outro vigário para atender a
população da freguesia no início de 1761, conforme os documentos do Arquivo Histórico
Ultramarino. A leitura desse documento é importante ao retratar o papel da
Igreja à época, concentrando esforços para os serviços religiosos, com o pároco
(provavelmente de uma outra ordem religiosa que não a da Companhia de Jesus) e
o diretor da Vila morando na mesma residência. O diretor era um funcionário do
governo que substituiu o Principal quando os padres jesuítas foram expulsos das
aldeias em 1757. Essa convivência de pároco e diretor pode suscitar uma
aproximação melhor de interesses entre essas autoridades (civil e religiosa),
contraditório ao que havia acontecido com os missionários jesuítas e os
capitães.
Bragança então foi originada pela vila já
constituída de Souza do Caeté após sua transferência de local para a margem
esquerda do rio Caeté e a incorporação da Aldeia missionária de São João
Batista como parte da cidade, que graças à sua posição geográfica privilegiada,
entre Belém e São Luís, ganhou importância política e econômica. E só em 1854,
através da resolução n.º 252, de 02 de outubro, a vila tornou-se cidade, por
determinação do Presidente da Província, tenente-coronel Sebastião do Rego
Barros, com o nome de Bragança.
Bragança já teve seu período áureo na história do
Pará, quando da instalação em 03 de abril de 1908 da Estrada de Ferro de
Bragança-Belém, cuja extinção, em 31 de dezembro de 1965, contribuiu para o
declínio considerável da economia e do desenvolvimento da região e do
município. Muitas marcas daquele período ainda se percebem na arquitetura
bragantina e nas lembranças de muitas pessoas.
Toda a cultura exposta na história de Bragança se
manifesta de forma mais completa na celebração da Festividade do Glorioso São
Benedito, com a Marujada, fundada a 03 de setembro de 1798, maior contribuição
de fé e cultura, de história e folclore do povo, em honra ao Santo Preto,
iniciada pelos antigos escravos da vila, cujas datas principais são os dias que
compreendem o período de 18 a 26 de dezembro, quando acontece a festa
e a procissão solene.
Aliada a festa e não podendo dela ser desvencilhada,
acontece a festa da Marujada, que reúne rituais coreográficos como a Roda, o
Retumbão, o Chorado, a Mazurca (ou Mazunga), o Xote, a Valsa, o Arrasta-pé e a
Contra-dança. O que o quotidiano nega àquelas pessoas o tempo da festa
proporciona. Certa posição de superioridade perante os demais, dando mais
ênfase aos humildes. É o binômio festa e dança que permite a recriação, pelos
marujos e marujas, da sua identidade de grupo social dentro de um sistema mais
abrangente que é o conjunto da sociedade. É pela festa e pela dança que a
presença da Marujada, cada vez mais operante na vida bragantina e paraense, se
recria e retoma o amplo aspecto de dominação que a gerou e o espírito que a
sustentou durante os mais de duzentos anos de sua história, comemorados em
1998.
Estamos diante de manifestações de dança, reza,
canto e louvores ao padroeiro de Bragança (ao lado de Nossa Senhora do Rosário)
que correspondem a uma dualidade de aspectos culturais, religiosos e profanos
dentro de um só contexto. Identificam-se, no catolicismo, que envolve apenas o
ritual (e sob a égide da dominação), três formas de encontrar a homenagem e a
volta às origens que fundamentam essa característica: a devoção, o prazer e a
mescla desses dois amplos aspectos numa só manifestação folclórico-religiosa.
Os pontos mais visitados da cidade de Bragança no
período são os ligados ao Centro Histórico e ao Largo de São Benedito. Todo o
complexo, formado pela Igreja (construída por volta de 1753, de herança
jesuíta, com traços barrocos na parte interna, abrigando a efígie de São
Benedito, centro dos festejos da Marujada); Praça Fernando Guilhom, Prefeitura
Municipal de Bragança (Palacete Augusto Corrêa, construção datada de 1902);
Coreto Pavilhão Senador Antonio Lemos, trazido da Europa e montado em 1910, na
administração do Intendente Antônio da Costa Rodrigues, no centro da Praça
Antônio Pereira.”
Sobre Ajuruteua diz o historiador:
“Considerada uma das mais belas praias do litoral
brasileiro, Ajuruteua, uma das mais belas praias do litoral paraense, a 36
km da sede, tendo como acesso estrada asfaltada, recebe a cada ano, nas
férias de julho e outras datas, considerável número de turistas que vão curtir
sua paisagem natural de manguezais e um agitado programa de veraneio. Com ela,
destaca-se a Ilha de Canelas, santuário ecológico, na costa oceânica de
Bragança, com acesso pelo Taperaçu Porto, à uma hora de barco. Abriga várias
espécies de aves, com ênfase ao guará, que faz da ilha seu ninhal e as áreas de
manguezal, ecossistema de transição entre ambientes terrestres e marinhos,
característico de regiões tropicais costeiras, sujeito ao regime de marés. Todo
o território já foi protegido pela criação da Reserva Marinha Caeté Taperaçu e
ocupa o município como uma das maiores áreas de manguezal do mundo.”
Augusto Corrêa
Sobre Augusto Corrêa, em 1895, surge com nome de
Urumajó, como um povoado de Bragança. Mas há referências a um início de
ocupação da área em 1875, com a construção de uma capela. Em 1961 o distrito
bragantino de Urumajó passa a ser um município, com nome de Augusto Corrêa (uma
homenagem a uma liderança política local), por meio da Lei Estadual n.º 2460,
de 29-12-1961, constituído pelos distritos de Urumajó, Emboraí e Itapixuna.
Pelo Decreto-lei n.º 164, de 23-01-1970, a sede do
município que tinha a denominação de Urumajó passou a denominar-se Augusto
Corrêa. Atualmente o município é constituído pelos distritos Augusto Corrêa
(ex-Urumajó), Aturiaí, Emboraí e Itapixuna.
Na formação da população do município de Augusto
Corrêa há elementos indígenas, quilombolas e mais tarde de migrantes
nordestinos, em especial maranhenses e cearenses.
A seguir fotos de meus passeios por Bragança e Augusto Corrêa:
Nenhum comentário:
Postar um comentário