terça-feira, 8 de agosto de 2017

Homenagem à escritora Mary Shelley autora do livro “Frankestein ou o Moderno Prometeu”









Continuando a escrever sobre personalidades famosas nascidas em agosto, vou falar neste artigo sobre a escritora  Mary Shelley, criadora da obra “Frankestein.

Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin (30 de agosto de 1797-01 de fevereiro de 1851) foi uma escritora inglesa  autora de “Frankestein ou o Moderno Prometeu” (1818), nascida em Londres, filha do filósofo William Godwin e da escritora Mary Wollstonecraft. Ela era esposa do poeta Percy Bysshe. Ela foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens. Também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, com quem se casou em 1816, após o suicídio de sua primeira esposa. Seu pai não aprovava o relacionamento e tentou impedi-los de prosseguir. Mas com o casamento acabaram tais conflitos na família.

Mary Godwin não gostava de sua madrasta. Os Godwins formaram uma empresa de publicidade chamada M. J. Godwin, que vendia livros infantis, artigos de papelaria, mapas e jogos. Porém, o negócio não teve lucros e Godwin foi forçado a contrair empréstimos para continuar. Mary Godwin,  recebeu uma educação incomum e avançada para uma garota da sua época. Teve uma educadora, um tutor, e leu vários livros infantis de seu pai sobre a história de Roma e da Grécia. Com frequência levava as crianças em viagens educacionais e elas também tinham acesso a sua biblioteca e a muitos intelectuais que o visitavam.

Nas férias que o casal  Percy e Mary passaram em 1816, com Lord Byron,  John William Polidori e Claire Clairmont  às próximidades de Genebra, Mary iniciou “Frankestein,que permanece sendo lido mundialmente e tendo inspirado muitas peças de teatro e adaptações para o cinema.  Nessa obra, um jovem chamado Victor Frankenstein, que era estudante de ciências naturais, construiu um monstro em seu laboratório, que encontra dificuldades para viver entre os humanos.  Esse romance influenciou outros escritores e é considerado um clássico do estilo gótico romântico. É a história de um cientista, que obcecado por tentar recriar a vida, fica horrorizado ao ver que cometera um erro. Em uma certa parte do livro ele chega a refletir sobre sua responsabilidade sobre o que fizera e a criatura à quem dera a vida, e o quanto é  errada a busca cega pelo conhecimento.

As experiências de Alexandre Volta e de Luigi Galvani podem ter influenciado Mary Shelley na sua obra Frankenstein, que sugere transplantes modernos de órgãos, regeneração de tecidos e as implicações morais envolvidas. O “monstro” era inteligente, bom e apaixonado, no entanto evitado por ser muito feio e deformado e se vendo excluído transforma-se em um ser assassino que acaba matando seu próprio criador. 

Ela escreveu também as seguintes novelas: “Valperga” (1823), “The Fortunes of Perkin Warbeck” (1830), “The Last Man” (1826), e as novelas “Lodore” (1835) e “Falkner “ (1837).

Orfã de mãe desde os dez dias de idade, ela e sua meia-irmã, foram criadas por seu pai e quando Mary tinha quatro anos, ele casou com uma vizinha. Recebeu uma rica e informal educação de seu pai que a incentivou em direção a teorias políticas liberais. Conheceu Percy Bysshe Shelley, um dos seguidores políticos de seu pai e manteve com ele um relacionamento amoroso. Mary ficou grávida de Percy e com ele se casa após a morte da primeira mulher dele em 1816, após terem passado um período de dois anos de ostracismo, dívidas e a morte da filha prematura.

Deixam a Inglaterra em 1818 e vão para a Itália onde o segundo e terceiro filhos do casal morrem antes do nascimento de um último filho, o único que sobreviveu, Percy Florence. Em 1822 Mary perde o marido, que se afogou quando o barco em que estava afundou durante uma tempestade e um ano depois ela volta à Grã-Bretanha. Na sua última década de vida sofreu com uma doença, provavelmente devido a um tumor cerebral e morreu aos 53 anos.

A obra dela considerada pela crítica como sua melhor obra foi “O Último Homem” (“The Last Man”) de 1826, que teve grande influência sobre a ficção científica. Em “O Último Homem” Mary conta a história do fim da civilização humana e sua destruição por uma praga. 

A época de criação da autora é a da Revolução Industrial , o período pós-napoleônico quando a Inglaterra aparece como nação vencedora e industrializada, com um crescente urbanismo, migração cada vez maior do campo para as cidades para trabalhar nas fábricas e a pobreza do operariado. 

É o período romântico no qual vários escritores e poetas se voltam para a natureza.

Frases de Mary Shelley: 

Então vem sempre aquela voz me dizer que: O começo é sempre hoje."
 
 A poesia imortaliza tudo o que há de melhor e de mais belo no mundo.” 

Nada contribui tanto para tranquilizar a mente quanto um objetivo claro - um ponto sobre o qual a alma possa fixar seu olhar intelectual.” 



                                       Figura: O "monstro de Frankestein.





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Márcio José Matos Rodrigues-Professor de História

Figuras: Google. 



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