terça-feira, 24 de setembro de 2019

Artigo sobre o Dia Nacional do Trânsito em 2019









No 25 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Trânsito no Brasil. A data foi criada em relação à Lei de número 9503/1997, aprovada em 23 de setembro de 1997 e retificada em 25 de setembro. Tal lei foi alterada pela lei nº 13 546/2017, que fez mudanças em alguns pontos específicos para tornar mais dura a legislação para os condutores que estejam dirigindo sob efeitos de álcool ou drogas.


Como trânsito se entende todo o tráfego de pessoas, objetos e animais, que acontece por meio da utilização de algum transporte de locomoção ou por meio da locomoção a pé, tanto em vias públicas como em vias particulares.


O Dia do Trânsito faz parte da Semana Nacional do Trânsito, do dia 18 ao dia 25 de setembro, período em que há atividades de educação para o trânsito, com o objetivo de promover a conscientização dos participantes do trânsito.


As atividades educativas são um meio utilizado para que as pessoas se eduquem mais e obedeçam mais às regras de trânsito para que sejam reduzidos os chamados acidentes de trânsito, pois grande parte das causas destes acidentes está relacionada ao comportamento inadequado dos condutores. Também busca-se diminuir bastante o número de vítimas no trânsito. 


A questão é bastante séria. Em dados do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) do ano de 2017, as ocorrências de morte no trânsito brasileiro foram de 41.151 vítimas.


Além dos comportamentos inadequados, como dirigir alcoolizado,  também influenciam na ocorrência de acidentes, a sinalização e as rodovias em condições precárias em certos casos, como também podem influenciar nas causas os veículos em más condições de uso. 


Em março de 2010 a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de ações para a segurança no trânsito". O documento foi baseado em um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo as contas desta entidade, em 2009 houve aproximadamente 1,3 milhão de mortos por acidentes de trânsito em 178 países e cerca de 50 milhões sobreviveram com sequelas.  Os custos foram calculados em torno de um percentual entre 1% e 3% do produto interno bruto da cada país. A ONU pretendeu, com a criação da "Década de ação para a segurança no trânsito", poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, 5 milhões de vidas até 2020.


O Brasil está entre as dez nações com mais mortes no trânsito. Juntas, estas nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.


Segundo a ONU, um percentual aproximado de 90% das mortes em acidentes de trânsito ocorre em países em desenvolvimento. 


A OMS fez estudos que indicam a situação se agravará nos países mais pobres, nos quais haverá aumento da frota de  veículos, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas.



Conforme informações mais atuais: A cada ano morrem cerca de 1,35 milhão de pessoas por causa de acidentes no trânsito; A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável fixou a meta de reduzir pela metade até 2020 o número de mortos e feridos em acidentes de trânsito em todo o mundo; Mais da metade de todas as mortes no trânsito ocorre entre usuários vulneráveis das vias: pedestres, ciclistas e motociclistas; Mais da metade de todas as mortes no trânsito acontece entre usuários mais vulneráveis das vias: pedestres, ciclistas e motociclistas; a principal causa de morte entre crianças e jovens está relacionada às lesões ocorridas no trânsito. Entre 20 e 50 milhões de pessoas acabam ficando incapacitadas por causa de lesões não fatais. E os países tem muitas perdas econômicas devido aos acidentes. Tais perdas vem de custos com tratamentos, redução/perda de produtividade etc. 


Diante de tudo isto que foi relatado acima, é necessário um esforço conjunto para se reduzir cada vez mais os acidentes. É preciso haver condutores mais preparados em sua formação, mais preocupados com a segurança do que com a velocidade. A responsabilidade, o comprometimento com a qualidade de vida das populações e a empatia tem que estar cada vez mais presentes entre os participantes do trânsito. Há ainda muito egoísmo, muito individualismo e desrespeito ao outro, como também muitas negligências e comportamentos imprudentes. E os governos também tem que fazer sua parte, planejando, fiscalizando, proporcionando meios para a educação para o trânsito, fazendo valer as leis; sendo severos com os infratores; possibilitando vias mais seguras; criando melhores condições para o transporte público coletivo e o transporte cicloviário, que tem que ser mais valorizados e utilizados. Também é necessária uma atenção especial para a questão das motocicletas, pois muitos acidentes estão relacionados a este tipo de transporte. 


Toda a sociedade, enfim, tem que estar envolvida, para que haja mais respeito à vida, havendo mais consciência de que é preciso haver um trânsito mais seguro. 

__________________________________________________

Márcio José Matos Rodrigues-Psicólogo e Professor de História


Figura: https://ferviporai.wordpress.com/2015/09/09/fatos-sobre-o-canada-9/
 



Nenhum comentário:

Postar um comentário