Terence Stamp
Faleceu no dia 17 de
agosto de 2025 o ator inglês Terence Stamp. Ficou conhecido por papeis de
vilão, com prêmios nos festivais de Cannes e Berlim, assim como no Globo de
Ouro, dois prêmios BAFTA e teve indicações ao Oscar. Namorou atrizes muito
conhecidas como Julie Christie e Brigitte Bardot e a modelo Jean Shrimpton.
Participou em mais de 60 filmes como ator.
Terence nasceu no dia
22 de julho de 1938, filho de um
operador de rebocador, em Bow, Londres, Inglaterra. Era o mais
velho de cinco filhos. Um de seus irmãos, Chris Stamp, é um empresário de
música, especificamente de rock. Terence quando tinha 3 anos de idade foi
levado ao cinema para ver um filme estreado por Gary Cooper e se impressionou
com o desempenho do ator, que passou a ser ídolo do menino que passou a se
interessar por cinema.
Quando jovem Terence Stamp trabalhou em várias agências de publicidade de
Londres e na metade da década de 1950 ele conseguiu um emprego de assistente do
golfista profissional Reg Knight em Londres. Ele tinha já nessa época a
intenção de ser ator de cinema. Ele conseguiu uma bolsa para estudar teatro.
Em 1962 Stamp estreou
em seu primeiro filme, TermofTrial. Nesse filme ele atuou com o
famoso ator Laurence Olivier. No segundo filme que trabalhou, Billy Budd, ele
foi um dos protagonistas, sendo dirigido por Peter Ustinov. Sua atuação foi
elogiada e ele recebeu uma indicação ao Oscar, o que alavancou sua carreira
como ator cinematográfico.
Stamp trabalhou com
grandes diretores como William Wyler (no filme The Collector) e
Joseph Losely (no filme ModestyBlaise). Com o produtor Joe Janni
ele trabalhou, além do filme ModestyBlaise, de 1966, nos filmes Far
From The MaddingCrowd (1967) e Poor Cow (1967). Trabalhou
também no filme Scraps theRabbit , em 1966. Não conseguiu o papel de James Bond para suceder
Sean Connery.
Stamp viveu e
trabalhou por um Período na Itália. Atuou em um filme dirigido por
Federico Fellini em um filme inspirado numa obra de Edgar Allan Poe.Foi
colaborador dos cineastas Pier Paolo Pasolini no filme Teorema, de
1968 ecom Nelo Risi em Uma Stagioneall’ inferno, de
1971. Foi para a Índia e ficou alguns anos por lá para estudo e
meditação. Na segunda metade da década de 1970 atuou no filme Superman,
de 1978, como o general Zod. Em 1980 voltou ao mesmo papel em Superman
II. Em 1984 trabalhou no filme The Hit, de Stephen Fears, sendo
sua atuação nesse filme considerada por críticos o melhor desempenho do ator.
Teve participação nos filmes Wall Sttret e Young Guns.
Terence trabalhou em alguns filmes de baixo orçamento e pouco expressivos, como O Mistério da Ilha dos Monstros (Misterioenlaisla de losmonstruos, 1981) e Conspiração no Vaticano (Morte in Vaticano, 1982). Muitos destes trabalhos foram feitos pela televisão.
Teve papeis menores, mas que o destacaram em filmes como As aventuras dePriscilla, a Rainha do Deserto, de 1994. Trabalhou no filme The Limey, de 1999, em um papel de gangster vingativo e também nesse ano trabalhou no filme Star Wars Episode I: The PhantonMenace, no papel do Chanceler Supremo Finis Valorum. Na série Smallville a voz de Jor-El era dele. Trabalhou nos filmes Elektra, MyBoss’sDaughter, GetSmart, Yes man, Valkyrie e Os Agentes do Destino. O seu último papel como ator de cinema foi uma breve participação no filme de Edgar Wright, Last Night In Soho, de 2021.
Aos 87 anos, Terence
Stamp falece. A causa da morte não foi revelada.
A
família declarou em comunicado à agência de notícias Reuters:.
“Ele deixa uma obra extraordinária, tanto como ator
quanto como escritor, que continuará a emocionar e inspirar pessoas por muitos
anos. (...) Pedimos privacidade neste momento de tristeza”
Guy
Pearce disse em homenagem a Stamp. "Adeus, querido Tel. Foste uma
verdadeira inspiração, tanto dentro como fora dos saltos altos. Teremos sempre
Kings Canyon, Kings road&F'ing ABBA. Desejo-te felicidades no teu caminho
'Ralph'! Xxxx"
Edgar
Wright disse no Istagram que o ator era "gentil, engraçado e infinitamente
fascinante." Disse também: "Quanto mais perto a câmara se movia, mais
hipnótica a sua presença se tornava. Em grande plano, o seu olhar sem
pestanejar fixava-se de forma tão poderosa que o efeito era extraordinário.
Terence era uma verdadeira estrela de cinema: a câmara amava-o, e ele amava-a
de volta".
Jaguar
Em 24 de agosto de 2025 faleceu o
cartunista brasileiro conhecido como Jaguar. Ele foi um dos fundadores do
jornal O Pasquim (no qual ficou 22 anos), famoso por seu humor crítico que
enfrentava a ditadura militar. Ele estava internado em um hospital na cidade do
Rio de Janeiro com infecção respiratória e não resistiu às complicações. Ele
escreveu livros e colaborou com revistas e jornais. Entre seus livros
estão "Átila, você é Bárbaro" em 1968, e "Ipanema, se não me
falha a memória", em 2000. Jaguar
se destacou não só pelas charges afiadas, mas também pelos personagens
irreverentes que criou entre as décadas de 1960 e 1970.
Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, nasceu em 29 de fevereiro de 1932, na cidade do Rio de Janeiro. Ele passou sua infância e parte da adolescência dividido entre as cidades de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e Santos, em São Paulo.Sua carreira começou em 1952, aos vinte anos, desenhando para a revista Manchete. Foi o cartunista Bordalo que sugeriu a ele o apelido de Jaguar. Nessa época Jaguar trabalhava no Banco do Brasil (de onde só saiu na década de 70) e seu chefe era o cronista Sérgio Porto. Na década de 1960 Jaguar se tornou um dos principais cartunistas da revista Senhor e colaborava para as revistas Civilização Brasileira, Revista da Semana, Pif-Paf, como também os jornais Última Hora e Tribuna da Imprensa. O seu livro “Átila, você é bárbaro” foi um sucesso. Nessa obra ele combatia de forma irônica o preconceito, a ignorância e a violência. O livro foi considerado pelo cronista Paulo Mendes Campos como m livro de poemas gráficos”. Ainda na mesme época Jaguar teve sucesso quando foi convidado pela cerveja Skol para uma campanha e ele desenvolveu a tirinha Chopnics, na qual havia figuras como o Capitão Ipanema.
Em 1969, Jaguar, Tarso de Castro e Sérgio Cabral fundaram o jornal O Pasquim. Foi um jornal marcante da imprensa alternativa que surgiu na época do regime militar, era irreverente e combativo e dele fizeram parte pessoas de destaque do jornalismo e das artes no Brasil como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Paulo Francis e Sérgio Augusto. O nome do jornal foi dado por Jaguar e o símbolo era o ratinho Sig( por causa de Sigmund Freud). Só Jaguar entre todos do grupo original que permaneceu no jornal até a última edição em novembro de 1991. Em 1990 a turma do Pasquim recebeu uma homenagem da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo “Os heróis da resistência”.
Jaguar deu uma entrevista para o GLOBO em 2014, dizendo que o "humor não serve mais para nada". Ele também fez uma homenagem à Tânia Scher, que morreu em 2008. Aos 84 anos, em fevereiro de 2017, Jaguar doou uma charge para o movimento “UERJ na luta” usar em camisas. A relação dele com a instituição vinha por causa de sua esposa, professora da universidade.
Jaguar lançou
livros como "Átila, você é Bárbaro" em 1968, e "Ipanema, se não
me falha a memória", em 2000. Para a TV Globo jaguar fez
animações para as vinhetas do Plim Plim, que foram marcantes.Jaguar
também criou Bóris, o Homem-Tronco, uma pessoa sem pernas que se
locomovia em um carrinho quadrado.
No
tempo da ditadura militar Jaguar foi preso porque publicou uma charge em que
havia uma montagem do quadro “Independência ou Morte” . Ele colocou a
frase "Eu quero é mocotó" em um balão de diálogo. Por causa
disso ele ficou dois meses preso.
No início dos anos 2000 Jaguar foi indenizado devido à perseguição sofrida pela repressão política do regime militar. Ele trabalhou como cartunista com outros grandes do jornalismo e das artes gráficas como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil etc.
Jaguar faleceu na cidade do Rio de Janeiro aos 93 anos.
Homenagens:
"Ele
era o melhor cartunista brasileiro, meu amigo querido e é uma perda irreparável
para o humor e para o Brasil (...)”. "Era o melhor
dos amigos possíveis que se podia ter, e um profissional fantástico (...)”."Millôr
Fernandes era grande, Ziraldo era grande, mas só ele era o Jaguar".
Inigualável, inestimável, inimitável Jaguar (...).”
.-Chico
Caruso, cartunista.
"Jaguar foi mestre, professor, amigo, inspiração, gênio, um dos maiores chargistas que eu já vi no planeta como um todo. Incansável, trabalhou até o último minuto, sempre absolutamente crítico, sempre feroz, sempre amado por gerações e gerações seguidas de cartunistas". -Aroeira, cartunista.
"Eu queria desenhar como ele, mas nunca consegui". - Miguel Paiva, cartunista.
"Uma pessoa muito espirituosa, com um trabalho imenso, muito inteligente. Uma perda irreparável para todos nós. O Cartum brasileiro, charge. Deixou livros memoráveis de charge e cartum, tipo "O Átila". Ele escreveu um livro muito interessante chamado "Confesso que Bebi", que é uma resenha de vários botecos do Rio de Janeiro. Uma contribuição muito grande de cultura brasileira. Era um cara de uma personalidade enorme e muito bonita”.- André Dahmer, cartunista.
Obras publicadas
· Átila,
você é bárbaro
· Nadieesperfecto
· Confesso
que bebi
· Ipanema,
se não me falha a memória
· É
Pau puro! - O Jaguar do Pasquim
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Márcio José Matos Rodrigues